Livro que pertenceu a Anne Frank vai a leilão

(J. Samad - AFP - Getty Images)
(J. Samad – AFP – Getty Images)

Um livro de conto de fadas assinado com a caligrafia de Anne Frank vai a leilão nas próximas semanas em Nova York, anunciou a casa Swann Auction Galleries, nesta quarta-feira (16). O volume foi editado em Viena e comprado por uma família holandesa após a guerra.

A edição em língua alemã dos contos de fadas dos irmãos Grimm está bem gasta e inclui clássicos como Branca de Neve e Joãozinho e Maria. O livro pertencia a Anne Frank e sua irmã Margot, antes de elas se esconderam numa casa em Amsterdã, para escapar dos nazistas em 1942.

Famosa por manter um diário enquanto estava em seu esconderijo, Anne Frank também escreveu, nessa pequena coletânea de contos de fadas, o seu nome e o de Margot numa folha em branco no início do livro. Além disso, as letras MF (para Margot Frank) estão estampadas em lilás na parte interna da capa.

Publicado originalmente em 1925, o livro vai a leilão no próximo dia 5 de maio na Swann Auction Galleries. De acordo com a casa de leilões nova-iorquina, o livro foi deixado para trás, no apartamento em Amsterdã, quando a família Frank foi presa e deportada para um campo de concentração.


Pouco após a guerra, ele apareceu numa loja de livros usados e foi comprado por um casal holandês. Os filhos do casal viram a inscrição em 1977 e contataram o pai de Anne, Otto Frank.

Após ser deportada para Auschwitz, Anne Frank seguiu para o campo de concentração de Bergen-Belsen, onde veio a morrer em 1945, enquanto Otto Frank foi o único membro da família a sobreviver o Holocausto.

Ele escreveu uma carta à família que encontrou o livro, expressando a sua comoção por saber da descoberta do volume e dizendo que eles poderiam mantê-lo em sua posse.

O livro Contos de fadas dos irmãos Grimm que pertenceu a Anne Frank foi avaliado entre 20 mil e 30 mil dólares. Em 1988, a Swann Auction Galleries vendeu um conjunto de cartas de Anne e Margot Frank enviadas a seus pen-pals americanos, amigos com que mantinham correspondência, por 165 mil dólares. (Com agências internacionais)

apoio_04