Ataques terroristas deixam dezenas de mortos e feridos na capital belga

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Atentados terroristas perpetrados na manhã desta terça-feira (22) deixaram dezenas de mortos e feridos no Aeroporto Internacional de Zaventem e na estação de metrô Maelbeek em Bruxelas, na Bélgica. O número de vítimas ainda é desencontrado, mas a imprensa local informa que há 34 mortos, além de 170 feridos, mas os números avançam com o passar das horas. As explosões levaram o país a entrar em alerta máximo para novos atentados terroristas.

O primeiro-ministro belga, Charles Michel, condenou o que classificou de “atentados cegos, violentos e covardes” que atingiram a capital belga. “Temíamos um atentado terrorista e aconteceu”, lamentou o premiê.

Duas explosões ocorreram no aeroporto e uma no metrô, dias após as autoridades terem prendido Salah Abdeslam, um dos responsáveis pelos atentados terroristas em Parias, ocorridos em novembro do ano passado. Pelo menos uma das explosões foi provocada por um homem-bomba, segundo a procuradoria belga. Os ataques ocorreram na área de embarque do aeroporto, próximo a um balcão da companhia American Airlines.

Informações da imprensa da Bélgica dão conta que os envolvidos nos ataques falavam árabe e dispararam diversos tiros no interior do aeroporto, onde a polícia encontrou um rifle Kalashnikov e um cinto com explosivos ao lado dos corpos das vítimas.

Metrô de Bruxelas

A terceira explosão aconteceu na movimentada estação Maelbeek, localizada próximo ao bairro onde funciona a sede das representações da União Europeia, de acordo com informações da CNN.

Prefeito de Bruxelas, Yvan Mayeur afirmou que ao menos vinte pessoas morreram no metrô e outras 106 ficaram feridas, sendo 17 gravemente. A imprensa informa também que um diplomata esloveno teria sido ferido nos ataques enquanto ia de metrô para o trabalho.


Uma testemunha que estava na área de embarque revelou aos jornalistas que após a primeira explosão houve um “momento de perplexidade”. Poucos instantes depois aconteceu a segunda explosão e “ninguém mais teve dúvida do ataque”, dando início a uma correria.

O primeiro-ministro belga, Charles Michel, afirmou que, nesse momento, a prioridade é estabilizar a situação: reforçar a segurança em alguns pontos onde os serviços de segurança temiam alguma ameaça e dar socorro às vítimas. O primeiro-ministro pediu calma e solidariedade para os compatriotas. “Nós estamos face a uma dificuldade, um desafio. Vamos enfrentar unidos e solidários”, declarou.

Michel disse que há informações sobre mortos, mas não citou números. “Há muitos feridos, alguns, graves. É um momento negro para o nosso país”, afirmou.

As autoridades recomendam às pessoas que vivem na capital belga para evitar deslocamentos até segunda ordem. Como o sinal de celular está momentaneamente prejudicado, a orientação é para que informações sejam trocadas por mensagens ou que por meio das redes sociais, deixando o sistema de telefonia livre para chamadas de emergência.

Todas as estações de metrô foram esvaziadas e a circulação de trens e ônibus foi suspensa em Bruxelas. O aeroporto da capital belga, que teve as vias de acesso bloqueadas, foi esvaziado e fechado para pousos e decolagens, sendo que o trafego aéreo foi interrompido e os voos desviados para outras regiões.

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