Renan faz o jogo do governo e diz que julgamento do impeachment pode demorar seis meses

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Com o desembarque do PMDB da base aliada cresceu a possibilidade de o impeachment de Dilma Rousseff ser aprovado no plenário da Câmara dos Deputados. De acordo com o cronograma previsto, a votação deve ocorrer entre 15 e 20 de abril, com previsão de demorar três dias, cenário que coloca mais pressão sobre o esfacelado governo do PT.

Não há como negar que a grande maioria dos brasileiros deseja a saída de Dilma, assim como a economia nacional depende desse desfecho para recuperar a respiração, mas nem tudo pode sair como o planejado.

Presidente do Senado Federal, o alagoano Renan Calheiros, que na tarde desta terça-feira (29) não participou da reunião partidária que decidiu pelo rompimento com o governo, disse aos jornalistas, ao ser perguntado sobre o ritmo que será dado ao processo de impeachment, que espera que o mesmo não chegue à Casa legislativa. Questionado sobre sua declaração, Renan explicou que a Constituição Federal estabelece prazo de até seis meses para que o julgamento ocorra.

“Eu acho que, se esse processo chegar no Senado, e espero que não chegue, nós vamos juntamente com o Supremo Tribunal Federal decidir o calendário. A Constituição prevê que esse julgamento aconteça em até seis meses”.

Na sequência, provocado pelos jornalistas por causa da sua expectativa em relação ao processo de impeachment da presidente da República, Renan não respondeu à pergunta sobre eventual defesa da permanência de Dilma no cargo e encerrou a entrevista.


O Brasil sangra no rastro de uma crise múltipla e sem precedentes, por isso não continuar nas mãos de pessoas alinhadas ao governo mais corrupto da história nacional.

Renan ainda tem acordos com o Palácio do Planalto, ao mesmo tempo em que joga contra o tempo na esperança de escapar de condenações no âmbito da Operação Lava-Jato, já que é investigado em vários processos abertos pelo Supremo Tribunal Federal.

É preciso que a parcela de bem da população não aceite com passividade essa anunciada manobra que pode prorrogar a queda de Dilma, pois é preciso que a nação se livre da pior governante de todos os tempos e do partido que comandou a roubalheira aos cofres da Petrobras.

No caso de prevalecer a estratégia combinada entre o governo e Renan Calheiros, não tão cedo o Brasil conseguirá enxergar novos horizontes. Isso porque o julgamento do processo de impeachment pode ficar para 2017. Os brasileiros têm o dever de pressionar o presidente do Senado e o Supremo Tribunal Federal para que o julgamento ocorra o quanto antes, desde que respeitada a legislação vigente.

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