Lava-Jato: desespero de Okamotto encontra explicação nas possíveis delações de Ronan e Silvio Pereira

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O rumoroso e abafado caso da morte de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, assassinado de forma covarde e brutal em 2002, sempre foi um fantasma na vida dos petistas, mas causou surpresa a manifestação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Conhecido nos subterrâneos da política nacional como o trem-pagador do agora lobista-palestrante, Okamotto quer que a Operação Carbono 14, 27ª fase da Operação Lava-Jato, seja anulada ou, então, que os temas investigados sejam remetidos ao Supremo Tribunal Federal.

O presidente do instituto Lula alega que as investigações da mais recente fase da Lava-Jato envolvem indiretamente o ex-presidente da República, portanto deve ser remetida ao STF. Não há como provar que a “Carbono 14” está a investigar Lula, mas deixa claro que não errou o UCHO.INFO, ao longo dos últimos doze anos, ao afirmar que a morte de Celso Daniel foi o ponto de partida de todos os escândalos de corrupção da era petista.

No momento em que o juiz federal Sérgio Fernando Moro, responsável na primeira instância do Judiciário pelos processos decorrentes da Operação Lava-Jato, suspeita de que exista ligação entre o caso Celso Daniel, o Mensalão do PT e o Petrolão, caem por terra todas as críticas dirigidas a este portal e ao seu editor, que sempre insistiram nessa conexão criminosa, típica de organizações mafiosas.

Tendo funcionado como laboratório do crime, a arrecadação de propina em Santo André deveria servir para alimentar o caixa da primeira campanha presidencial vitoriosa do PT, mas o desvio do dinheiro para outras finalidades – compra de confortáveis e luxuosas casas de veraneio na Grande São Paulo – selou a morte trágica do petista Celso Daniel.


A preocupação de Paulo Okamotto, que reflete a de todos os “comandantes” petistas, não apenas traz à cena do crime, mais uma vez, o cadáver de Celso Daniel, mas coloca na alça de mira da Justiça os envolvidos no primeiro grande escândalo da era Lula, o Mensalão do PT, que não foi esclarecido a contento por causa dos acertos selados entre o PT e a oposição, que como sempre teme o próprio telhado.

A manifestação do juiz Sérgio Moro a respeito do entrelaçamento dos casos de corrupção sepulta a enxurrada de críticas direcionadas a este noticioso, assim como explica as muitas ameaças e retaliações de que fomos alvo nos últimos dez anos.

Considerando que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou pedido de habeas corpus em benefício de Silvio Pereira, o Silvinho “Land Rover”, ex-secretário-geral do PT e flagrado no Mensalão, preso na Operação Carbono 14, cresceu nas últimas horas o temor dos petistas. Isso porque Silvinho e o empresário Ronan Maria Pinto – também preso pela PF – não precisaram de muito tempo para aderir à delação premiada. Afinal, são psicologicamente fracos e podem revelar muito mais do que as autoridades imaginam.

A força-tarefa da Lava-Jato já tem provas irrefutáveis do dinheiro (aproximadamente R$ 6 milhões) repassados a Ronan Maria Pinto, que em 2004 ameaçava o PT com a possibilidade de revelar os bastidores do assassinato de Celso Daniel. A declaração é do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, ex-caixa do Mensalão do PT e condenado a mais de quarenta anos de prisão na Ação Penal 470.

Confira abaixo os principais trechos das gravações telefônicas do caso Celso Daniel, divulgadas à época com exclusividade pelo UCHO.INFO. Em uma delas, o ex-ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Ivone Santana tratam a morte de Celso Daniel com frieza.

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