Com decisão da bancada do PMDB a favor do impeachment, desespero no Palácio do Planalto cresce

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Se o Palácio do Planalto já estava tomado por um enorme clima de desânimo por conta das deserções na base aliada, a situação ficou ainda pior com o anúncio de que o PMDB decidiu liberar sua bancada na Câmara dos Deputados com vista à votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff, que continua agendada para o próximo domingo (17).

Depois de muitas discussões acerca do tema, o líder do PMDB na Câmara, deputado federal Leonardo Picciani (RJ), anunciou ao final da manhã desta quinta-feira (14) que o partido decidiu orientar a bancada a votar pelo impedimento da presidente da República, mas o partido não fechou questão. Ou seja, que votar a favor de Dilma não sofrerá qualquer punição.

Picciani, que é contra o impeachment da presidente, disse que com essa deliberação, que contou com o apoio da maioria da bancada, pelo menos 90% dos deputados da legenda que compareceram à reunião partidária votarão a favor da continuidade do processo de impedimento de Dilma Rousseff.


Atualmente com 67 deputados, a bancada peemedebista fará a diferença no momento da votação, mesmo com alguns dissidentes que insistem em defender o arquivamento do processo de impeachment. Alguns ministros e secretários estaduais estão retomando temporariamente o mandato para participar da votação, o que aumentará a bancada. É o caso dos ministros Celso Pansera (Ciência), Marcelo Castro (Saúde) e Mauro Lopes (Aviação Civil).

Se a previsão se confirmar, o PMDB dará pelo menos 60 votos a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Isso confirma a análise do deputado federal Hugo Motta (PB), que afirmou ser de no máximo sete parlamentares o contingente peemedebista a favor do governo.

Para que o processo seja aprovado no plenário da Câmara dos Deputados são necessários 342 votos, ou seja, dois terços dos 513 deputados. Frequentadores assíduos do Congresso Nacional e com vasta experiência na política nacional, como o ex-secretário-geral da Câmara, Mozart Vianna, o placar no próximo domingo pode chegar a 400 votos pelo impeachment de Dilma Vana Rousseff.

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