Lava-Jato: dono do Banco Schahin diz que Vaccari afirmou que “Lula estava a par do negócio”

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Lobista-palestrante e ainda amargando o status de “quase ministro”, Luiz Inácio da Silva vê a própria situação piorar sobremaneira com o passar do tempo e o avanço das delações premiadas no âmbito da Operação Lava-Jato. Sempre negando qualquer envolvimento no maior escândalo de corrupção do planeta, o Petrolão, Lula foi um dos artífices do esquema criminoso que derreteu os cofres da Petrobras em apenas uma década.

Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, responsável na primeira instância do Judiciário pelos processos decorrentes da Lava-Jato, o empresário Salim Taufic Schahin afirmou que ouviu de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT e preso na operação, que Lula e o próprio partido estavam “a par do negócio’. O empresário referiu-se ao empréstimo de R$ 12 milhões, concedido em outubro de 2004 pelo Banco Schahin ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo e conselheiro rural (sic) de Lula.

Questionado por Moro sobre declaração feita em sua delação premiada, Schahin confirmou que ele e o irmão, Milton Schahin, “também receberam de Vaccari a informação de que o ex-presidente estava a par do negócio”.

“Sim, isto é verdade. Numa das reuniões com o sr Vaccari, que estávamos eu e o Milton juntos, essa eu me lembro muito bem, porque eu estava junto com meu irmão, ele falou que o PT estava a par do negócio e o ex-presidente estava a par do negócio”, afirmou Salim Schahin.


O presidente do Grupo Schahin selou acordo de colaboração premiada com a força-tarefa da Lava-Jato, ocasião em que se comprometei a revelar tudo o que sabe sobre o bombástico episódio que pode mandar o PT pelos ares.

É importante recordar que parte do empréstimo concedido a José Carlos Bumlai pelo Banco Schahin acabou em contas indicadas pelo empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal Diário do Grande ABC e que, segundo denúncias, chantageava Lula e o PT com a possibilidade de revelar detalhes do brutal assassinato de Celso Daniel, então prefeito de Santo André.

Ronan foi preso preventivamente na Operação Carbono, 27ª fase da Lava-Jato. O Ministério Público de São Paulo, que apura as causas da morte de Celso Daniel e todos os desdobramentos do caso, colabora com a força-tarefa na Operação Carbono.

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