Caiado defende instalação imediata de Comissão Especial que analisará impeachment de Dilma

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Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) defendeu maior celeridade no processo de julgamento do impeachment da presidente Dilma na Casa, por conta do quadro de indefinição política que foi criado após a aprovação do pedido na Câmara dos Deputados.

Fora da seara política, a indecisão que paira sobre o processo que pode culminar no impedimento da presidente da República agrava a profunda crise em que está mergulhado o País, cada vez mais desgovernado e perdendo a credibilidade ao redor do planeta, principalmente como destino de investimentos.

O senador democrata quer a instalação da comissão especial que avaliará o pedido na terça-feira (19), logo após a leitura em plenário, pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), da ementa do processo aprovado na Câmara. Caiado argumentou que não é preciso prazo maior para fazer a composição da comissão e que, uma vez composta, a eleição de presidente e relator pode acontecer até a próxima quarta-feira.


“Vamos defender uma apreciação rápida do processo de impeachment. Não há porque esperar 24 horas para formar a comissão e queremos a eleição de presidente e relator até a próxima quarta. O que é preciso deixar claro é que não podemos admitir que o Brasil fique parado, totalmente engessado. Isso é uma tragédia para setores produtivos”, afirmou o parlamentar.

O anúncio foi feito após reunião com o presidente do Senado, nesta segunda (18), depois de o peemedebista receber o pedido de impedimento aprovado pela Câmara dos Deputados. Para Caiado, qualquer procrastinação neste período terá impacto negativo na opinião pública. “Como explicar para a sociedade que o Senado vai esperar feriado, fim de semana, quando tivemos a Câmara trabalhando todo esse tempo?”.

Calheiros, por sua vez, demonstrando disposição de ajudar o desgoverno de Dilma Rousseff, disse que o processo pode chegar ao seu final em meados de setembro, previsão assombrosa que, mesmo dentro do que determina a legislação pertinente, viabiliza o aprofundamento da crise atual e permite ao Palácio do Planalto avançar de maneira criminosa nas costumeiras negociações subterrâneas.

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