Impeachment: Dilma aposta no tempo para arrastar processo no Senado, mas o Brasil tem pressa

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Desde que o impeachment entrou no cardápio político nacional, em jogo está apenas o futuro do Brasil. Dilma Vana Rousseff, a presidente que exala incompetência, sabe que errou de forma grave ao adotar as “pedaladas fiscais” como cortina de fumaça para esconder as ações de um governo corrupto e criminoso, mas no “day after” já dá mostras que pensa somente nos próprios interesses. Algo típico e corriqueiro na política verde-loura.

Mergulhado em grave, múltipla e crescente crise, o Brasil está desgovernado e acéfalo em termos de comando, pois à petista Dilma restou apenas o cargo de presidente da República. Transformado em um misto de fim de feira com bacia das almas, com forma de dar corpo ao que muitos insistem em chamar de presidencialismo de coalizão – na verdade trata-se de governança alavancada pela corrupção – o governo atual é pior e mais corrupto de toda a história nacional.

Os frequentadores habituais do Palácio do Planalto sabem disse, mas preocupam-se com a manutenção da chamada “boca rica” e o avanço de um criminoso projeto de poder desenhado pelo PT com o cinzel malandro do “Foro de São Paulo”.

A legislação que trata do impeachment prevê que, após chagar ao Senado Federal, o processo, devidamente admito pela Casa, poderá demorar até seis meses para alcançar um desfecho final. Nesse período, a presidente da República afasta-se do cargo, cabendo ao primeiro na linha hierárquica assumir o poder.

A grande questão nesse imbróglio que surge a partir do segundo capítulo do impeachment é que Dilma Rousseff, juntamente com assessores – nesse rol inclui-se o rufião político Lula –, tenta atrasar ao máximo o início do processo no Senado. Para tanto, a petista espera contar com a ajuda de Renan Calheiros, senador pelo PMDB alagoano e presidente da Casa.


No contraponto, acreditando ser possível acelerar o processo de impeachment, a oposição espera que a matéria seja julgada até o próximo dia 10 de maio, prazo que está fora da linha do tempo com que trabalha o governo.

O Palácio do Planalto tenta postergar o inicio da segunda etapa do processo com o objetivo de ter mais tempo para negociar com os senadores e, dessa forma, conseguir os votos necessários pata derrubar o processo. Dilma precisa de pelo menos 27 votos para escapar do impedimento, ao passo que a oposição carece de 54 para apear a presidente do poder.

Se por um lado Dilma aposta na postergação do processo como forma de continuar presidente, manobra que, de acordo com a lei, pode durar até seis meses, na pior das hipóteses, por outro o PT pressiona a “companheira” para abrir mão do restante do mandato e convocar eleição para presidente e vice, a coincidir com as disputais municipais de outubro próximo.

Ou seja, a linha do tempo de Dilma não combina com a do PT. Sem contar que os objetivos são diametralmente opostos. Isso permite concluir que a presidente da República corre o sério risco de ser abandonada pelo próprio partido, que a partir de agora trabalha para não ser varrido do mapa político nacional.

O ponto fulcral nesse enredo rocambolesco é que se Dilma cair e Michel Temer assumir a Presidência, a situação do País continuará a mesma por alguns longuíssimos meses. Se a presidente conseguir escapar do impeachment, a situação do Brasil com certeza piorará muito. Em suma, entre o ruim e o pior, a primeira opção é a menos complexa.

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