Caiado defende eleição de Comissão do Impeachment em conjunto com leitura do processo

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Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) apresentará questão de ordem para defender o cumprimento do Regimento Interno da Casa, que determina a eleição da Comissão do Impeachment junto à leitura do processo enviado pela Câmara dos Deputados. A medida será apresentada na sessão plenária desta terça-feira (19).

O senador goiano criticou o pedido do PT atendido pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), que pretende atrasar ao máximo o andamento do processo de impeachment de Dilma Rousseff concedendo prazo de 48 horas para a indicação da bancada petista. O anúncio foi feito após reunião de líderes, quando ficou decidido que a composição será feita por blocos partidários.

“Estão querendo descumprir todo o rito do impeachment que deixa claro que a eleição da Comissão deve ser feita logo após a leitura do processo. Querem dar um prazo de 48 horas para só começar a discutir na próxima segunda. O país no caos, sem comando político efetivo, e o Senado se omitindo de tratar do problema”, criticou.

Caiado argumenta que pela lei, a Casa deveria eleger a comissão já nesta terça, decorrendo então até 48 horas para a eleição de presidente e relator do colegiado. Sua defesa é para que a comissão já comece a trabalhar nos dias seguintes, incluindo o feriado, sábado e domingo. Ele argumenta que postura semelhante foi adotada na Câmara e que a sociedade exige a mesma prioridade ao processo.


“Todos nós sabemos que o PT não é muito afeito ao trabalho. Mas estamos tratando do cumprimento das regras constitucionais. O que foi colocado hoje é pura chicana. Nossa intenção é trabalhar sexta, sábado e domingo. Precisamos dar uma resposta à sociedade. O Senado não pode se omitir assim”, concluiu.

Adversário ferrenho de Michel Temer, também do PMDB, Renan fará de tudo para inviabilizar a chegada do vice-presidente da República ao principal gabinete do Palácio do Planalto. Dessa maneira, o senador alagoano ajudará Dilma a se manter no cargo por mais tempo, permitindo ao governo avançar nas negociações espúrias e subterrâneas com o intuito de inviabilizar o processo de impeachment.

Essa manobra covarde é um golpe contra o País, que arde nas chamas da crise múltipla e sem precedentes que surgiu no rastro da incompetência de Dilma e seus quejandos. Ou os brasileiros exigem celeridade por parte de Renan Calheiros, ou é preciso se acostumar com a ideia de que o Brasil há de afundar ainda mais no caos.

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