Dilma vendeu um falso País de Alice, mas diz que Michel Temer “vende terreno na Lua”

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Sob a ótica da psiquiatria, a presidente Dilma Rousseff é forte candidata ao divã da esquina mais próxima. Apostando na teoria do alemão Paul Joseph Goebbels, de quem mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade, a presidente não se cansa de dizer que o processo de impeachment é “uma fraude jurídica e política”. À luz do Direito, nada há de ilegal na denúncia subscrita pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal, status que se repete na admissibilidade do processo pelo plenário da Câmara, que impôs retumbante derrota ao governo.

Em entrevista concedida nesta terça-feira (19) aos jornalistas estrangeiros, no Palácio do Planalto, Dilma afirmou que desde a era Vargas o Brasil é tomado por uma sanha conspiratória. “A conspiração se dá pelo fato que a única forma de chegar ao poder no Brasil é utilizando de métodos, transformando e ocultando o fato que esse processo de impeachment é uma tentativa de eleição indireta, de um grupo que de outra forma não teria acesso pelo único meio justificável, que é o voto direto”, afirmou a presidente.

“O Brasil tem um veio que é adormecido, um veio golpista adormecido. Se acompanharmos a trajetória dos presidentes dos meu país, a partir de Getúlio Vargas, vamos ver que o impeachment sistematicamente se tornou instrumento contra os presidentes eleitos”, completou.

Sobre o processo de impedimento de um governante, a petista declarou que desde 1960 o “impeachment sistematicamente se tornou instrumento contra presidentes eleitos”. È importante ressaltar que o partido de Dilma, o PT, requereu o impeachment de Fernando Collor, de Mello, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Ou seja, a presidente da República ou não sabe o que diz ou sofre de autismo político.


Destacando que resistirá até o final o processo de impedimento com “honra e dignidade”, Dilma não perdeu a oportunidade de mais uma vez criticar o vice Michel Temer, a quem tem dedicado adjetivos como “conspirador” e “traidor”.

A presidente afirmou que Temer conspirou “de forma aberta” e que os defensores de seu afastamento “estão vendendo terreno na Lua”, em clara referência às articulações de peemedebistas e tucanos no âmbito da formação de eventual novo governo.

Se há no País pessoas desprovidas de moral para fazer crítica como essa, a primeira da fila é Dilma Vana Rousseff, que desde os tempos de terrorismo sempre esteve à sombra de algum plano de golpe, como ou sem armas em punho. Durante a corrida presidencial de 2014, quando concorreu à reeleição, a petista vendeu aos eleitores incautos a falsa ideia de que o Brasil é uma versão moderna e tropical do País de Alice, o das maravilhas.

Se devaneio é direito de qualquer um, assim o como é o desejo de alcançar o poder dentro dos limites da lei, a Michel Temer cabe a prerrogativa de “vender terreno na Lua” e querer discutir a formação um governo para chamar de seu. Aliás, Dilma Rousseff enganou os brasileiros durante cinco anos e alguns meses, portanto não lhe cai bem qualquer discurso com essência condenatória, apenas por que o calvário político bateu à sua porta.

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