Em um ano, Brasil consegue repatriar US$ 125 milhões desviados; maior parte é do Petrolão

dolar_euro_1001

O governo brasileiro repatriou, em 2015, a cifra recorde de 124,9 milhões de dólares referentes a recursos desviados do País. O valor superou oito vezes o acumulado entre 2005 e 2014, quando foram recuperados 14,9 milhões de dólares, noticiou o jornal “Folha de São Paulo” no domingo (24).

Dos 124,9 milhões de dólares repatriados no ano passado, 94,6 milhões de dólares são relacionados a Operação Lava-Jato, recuperados da Suíça e cujo principal destino, no retorno, são os cofres da Petrobras, atingida pelo maior escândalo de corrupção de todos os tempos, o Petrolão, que com a anuência explícita do governo funcionou na estatal durante uma década.

De acordo com Ricardo Saadi, diretor do Departamento de Recuperação de Ativos de Cooperação Jurídica – órgão do Ministério da Justiça –, o recorde foi possível em parte graças aos acordos de delação premiada, “nos quais os próprios investigados autorizam a repatriação de ativos, não havendo necessidade de se esperar o trânsito em julgado da sentença penal condenatória”.


Segundo Saadi, a cifra pode aumentar em 2016, com novos acordos de cooperação entre implicados na Lava Jato e a Justiça. De acordo com a Procuradoria, 49 delações já foram acertadas.

Se por um lado o valor recuperado é um recorde, como mencionado acima, por outro é pífio se considerado o montante desviado da Petrobras pela quadrilha que atuou na estatal a partir do superfaturamento de contratos, em especial com empreiteiras.

Outrora uma das maiores empresas do planeta, a Petrobras serviu como fonte financiadora do criminoso apoio parlamentar que permitiu aos governos do PT conseguirem aprovar matérias no Congresso Nacional, como se Lula e Dilma Rousseff fosse herdeiros de Aladim, o gênio da lâmpada maravilhosa. Agora, no embalo do escândalo de corrupção e da cotação do barril de petróleo no mercado internacional, a empresa é a campeã mundial de endividamento.

Em 2006, quando concorreu à reeleição, Lula consentiu com a falácia produzida pelos adversários e que apontava na direção da privatização da Petrobras caso o candidato do PSDB, à época Geraldo Alckmin, vencesse a corrida presidencial.

apoio_04