Até 2020, grandes empresas brasileiras terão mais de meio trilhão de reais em dívidas

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Atendendo a pedido do governo da petista Dilma Rousseff, um levantamento sobre o tamanho do estrago na economia brasileira na última década, em especial nos últimos cinco anos, mostra que 25 maiores empresas de capital aberto do Brasil têm, juntas, mais de meio trilhão de reais em dívidas vencendo somente nos próximos quatro anos.

De acordo com banqueiros, com a grande recessão que o País enfrenta, boa parte dessas companhias terá de refinanciar as respectivas dívidas, o que aumenta ainda mais o risco de uma pane nessa emperrada em que se transformou a economia verde-loura. Esse o motivo que apavora o governo e grandes bancos privados, já que, em média, 60% desses empréstimos foram contraídos no Brasil.

Segundo executivos do mercado, as empresas enfrentarão ao menos dois problemas: taxas de juro mais altas no Brasil e a dificuldade de conseguir empréstimos no exterior, com investidores temerosos sobre a grave situação econômica do País.


Os banqueiros ainda temem os reflexos no sistema brasileiro. A avaliação é que, em breve, o governo terá de agir, liberando parte do depósito compulsório – valor proporcional ao montante de depósitos que é recolhido pelos bancos junto ao Banco Central – ou lançando linhas de crédito para a recompra de títulos no exterior.

Quando o então presidente Lula, em dezembro de 2008, ocupou os meios de comunicação para pedir aos brasileiros para que passassem a consumir com maior intensidade como forma de combater os efeitos colaterais da crise internacional, que o petista chamou de “marolinha”, o UCHO.INFO disse que tratava-se de uma estratégia suicida do governo. Isso porque não se estimula a economia com consumismo deliberado e crédito fácil.

Animadas com um cenário virtuoso, mas eivado por mentiras oficiais, empresários apostaram no escuro e agora estão às voltas com dívidas impagáveis, as quais só terão de ser renegociadas até que a economia brasileira saia do atoleiro. O Brasil deixou a fase da crise econômica e ingressou na seara da decadência, o que pode ser muito mais perigoso do que imaginam os otimistas.

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