É cada vez maior o desespero do PT e dos partidos de esquerda diante do avanço, no Senado Federal, do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que poderá ser apeada do cargo até meados de maio, colocando fim à era mais corrupta da história política nacional.
Desde a tarde de segunda-feira (25), quando o plenário do Senado aprovou os nomes dos parlamentares indicados pelos partidos para compor a Comissão Especial do Impeachment, as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) têm tentado procrastinar o processo, alegando a suspeição de Antonio Anastasia (PSDB-MG) para o cargo de relator. Dizem Hoffmann e Grazziotin que o senador tucano é parte interessada, já que no pedido de impeachment protocolado de aprovado na Câmara dos Deputados consta como signatário o coordenador jurídico do PSDB.
Na verdade, o que as senadoras aliadas da presidente da República querem é a indicação de um relator que seja condescendente com o bandoleiro governo do PT, para que o prazo de afastamento estipulado por lei – 180 dias – seja exaurido, permitindo a Dilma Rousseff retornar ao cargo sem que o mérito da ação seja sequer julgado.
A invocação de artigos regimentais e trechos de decisões do Supremo Tribunal Federal acerca do tema é traduz o comportamento apelativo do governo, que busca não apenas evitar o impedimento da presidente, mas salvar um projeto criminoso de poder que está em marcha desde a chegada do PT ao governo central (1º de janeiro de 2003).
Essa altercação inaugurada pela base do governo é desprovida de lógica, pois se um senador do PSDB não pode assumir a relatoria do processo de impeachment apenas porque o partido disputou a última corrida presidencial e questionou, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as contas da campanha de Dilma, a presidência da Comissão Especial do Impeachment não pode estar sob o comando de um parlamentar peemedebista – no caso o senador Raimundo Lira (PB) –, uma vez que o impedimento de Dilma Rousseff abrirá caminho para Michel Temer (PMDB-SP) assumir o poder.
Os palacianos estão perdidos diante da aproximação do dia em que Dilma terá de deixar o principal gabinete do palácio do Planalto, recolhendo-se ao ostracismo político enquanto o Senado decide sobre o seu futuro. Considerando o fato de que a questão em voga poderá ser resolvida em no máximo três semanas, esse período será marcado por chicanas jurídicas e manobras radicais por parte de petistas e aliados, que não querem perder a “boca rica” que conquistaram na estrutura federal, assim como creem ser possível manter o plano de transformar o Brasil é uma ditadura comunista travestida de falsa democracia.
Petistas e apaniguados têm feito ameaças de todos os naipes na tentativa de intimidar os que são favoráveis ao impeachment, mas nada mudará o curso que a democracia brasileira está a trilhar. Ademais, o cumprimento da lei e o respeito às decisões judiciais, no caso as do STF, servem para validar o processo de impedimento de Dilma, dele tirando o viés golpista que os saltimbancos oficiais tentam lhe impor.
De tal modo, Gleisi Hoffmann e Vanessa Grazziotin devem se ater à tentativa frustrada de conceder à Comissão do Impeachment uma moldura bolivariana, pois o Brasil não se postará genuflexa diante da armação golpista da esquerda verde-loura, que agora assiste ao fracasso de uma ideologia utópica e que tem a socialização da miséria como um dos seus pilares, enquanto seus artífices vivem como nababos. Que o diga a extinta União Soviética.