Recriar o Minc foi erro estratégico do governo de Michel Temer e demonstração de pouca resistência

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Entre os muitos tropeços que marcaram a primeira semana do governo interino de Michel Temer, o mais inexplicável e que provocará “dores políticas” por muito tempo foi a recriação do Ministério da Cultura, depois que a pasta se fundiu com a Educação, ressuscitando o velho MEC.

Pressionado por um punhado de artistas que adoram “mamar” nos cofres do Estado e por isso continuam aplaudindo a afastada Dilma Rousseff e entoando a cantilena do golpe, Temer acabou cedendo e decidiu atender à reivindicação da classe artística, como se isso fosse suficiente para interromper os protestos e cessar a ocupação de diversos prédios públicos em várias cidades do País.

A fusão com o Ministério da Educação não representava um esvaziamento da promoção da cultura nacional, pelo contrário, mas a recriação da pasta, que consta de edição extra do Diário Oficial da União, deve ser pautada pela isonomia no atendimento dos pleitos para a obtenção de incentivos culturais. Até o último dia 13 de maio, quando Dilma foi notificada oficialmente do seu afastamento, esse atendimento se dava à sombra da ideologia. Quem incensava o governo bandoleiro de Dilma Rousseff, vociferando a tese boquirrota do golpe, era atendido com celeridade e bonança.

Ceder à pressão foi um erro brutal de Temer, pois deu a entender que o governo interino deixa-se influenciar por qualquer manifestação, mesmo que o cerne do protesto seja algo supostamente essencial para a sobrevivência do País, mas não é. A saúde pública está destruída, a educação beira se equilibra sobre catástrofe, a segurança virou piada, a economia está arrasada, mas a classe artística entende que a mamata deve continuar e que a presidente afastada deve voltar ao cargo. Só assim a cultura brasileira seguirá adiante. Isso é reflexo da delinquência intelectual que brota no terreno putrefato do esquerdismo bandoleiro.


Mesmo com a recriação do Minc, os manifestantes decidiram continuar ocupando prédios públicos em pelo menos 21 unidades da federação. Os manifestantes agora exigem a devolução do governo ao partido que ao longo da última década agiu como verdadeira organização criminosa, saqueando a maior empresa brasileira e destruindo a economia. Isso, na opinião desses intelectuais (sic), é perfeitamente aceitável, pois os fins justificam os meios.

Os brasileiros de bem, que saíram às ruas para cobrar o fim do governo mais incompetente e corrupto da história nacional, voltaram a dormir em berço esplêndido. Contemplam o desenrolar dos fatos como se todos os problemas do País tivessem sido resolvidos com a saída temporária de Dilma. Venceu-se a primeira batalha, mas há muita guerra pela frente, caso o propósito seja evitar que o Brasil se transforme em uma continental ditadura comunista disfarçada de democracia mambembe.

A roubalheira institucionalizada rendeu recursos de sobra para que o partido que comandava o País consiga financiar esses movimentos baderneiros e de aluguel, que protagonizam uma resistência burra e surda. Preocupar-se apenas com os principais integrantes da organização criminosa pouco resolve, já que é preciso mostrar resistência e disposição diante desse manifestos obtusos e arcaicos, que não mais cabem na realidade brasileira.

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