Oposição critica uso do Fundo Soberano, que por várias vezes ajudou Dilma a fechar as contas

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Uma das medidas econômicas apresentadas pelo governo interino de Michel Temer (PMDB) é usar saldo do chamado Fundo Soberano do Brasil (FSB), criado em 2008 para recepcionar os lucros da exploração do petróleo da camada pré-sal. O dinheiro, de acordo com a proposta inicial, serviria para investimentos do governo federal e, na ausência disso, aplicações financeiras.

Nesta terça-feira (23), logo após o anúncio das medidas, a ruidosa e incoerente oposição, que até recentemente era situação, mas igualmente barulhenta e desconexa, criticou duramente a proposta do governo Temer de recorrer ao montante que encontra-se disponível no FSB: aproximadamente R$ 2 bilhões.

Com o Brasil afundando cada vez mais em uma crise econômica sem precedentes, os partidos agora se preocupam em travar uma insana briga política, que tem como pano de fundo a luta pelo poder. Apeado do governo por conta dos crimes de responsabilidade cometidos pela afastada Dilma Rousseff, o PT promete endurecer o jogo, até porque a ordem disparada aos “companheiros” é fazer o máximo para inviabilizar a administração peemedebista.

A esses delinquentes com mandato pouco importa a situação do País ou as agruras enfrentadas cotidianamente pela população, desde que o cenário de degradação econômica sirva para o PT retornar ao poder central na condição de derradeiro salvador do universo.

Entre suas muitas especialidades, a esquerda nacional tem a mentira como prato principal. Para que os brasileiros não sejam enganados por essa quadrilha que assaltou o Estado brasileiro de maneira acintosa, aniquilando a economia e provocando desemprego, o Fundo Soberano serviu para Dilma fechar as contas do governo em 2012, quando o governo petista sacou boa parte dos recursos nele depositados: R$ 12,4 bilhões.


Em 2014, ano em que Dilma Rousseff acelerou os gastos para, na corrida presidencial, vender aos incautos a ideia de que o Brasil era uma versão tropical e moderna do País de Alice, o FSB foi novamente acionado para que o governo reforçasse o caixa. Na ocasião, R$ 3,5 bilhões foram sacados do FSB, medida que mereceu críticas dos adversários de Dilma na disputa eleitoral.

Boa parte dos recursos do Fundo Soberano está aplicada em ações ordinárias do Banco do Brasil, o que fez com os papeis da instituição financeira perdessem valor nesta terça, após o anúncio da equipe econômica do governo Temer.

De nada adianta ter recursos financeiros aplicados, sendo que o tesouro Nacional opera, mês após mês, com rombo nas contas. O melhor a fazer é resgatar o valor do FSB e diminuir a dívida, ação que minimiza a emissão de títulos do governo, que por sua vez deixa de pagar juros e, consequentemente, minimiza o impacto na inflação e não acelera o desemprego.

Em dezembro de 2008, quando Lula anunciou medidas de estímulo à economia, como forma de anular os efeitos colaterais da crise internacional, o UCHO.INFO afirmou que em no máximo uma década as contas do governo enfrentariam problemas. Na ocasião, os palacianos acusaram os jornalistas deste portal de torcer contra o País e de cultivar o “quanto pior, melhor”. O tempo passou e, dois anos antes do previsto, a realidade dos fatos comprova que não estávamos errados. Não se trata de bola de cristal ou profecia do apocalipse, mas de fazer jornalismo com responsabilidade e conhecimento de causa.

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