Economistas consultados pelo BC preveem recuo menor do PIB e inflação mais alta em 2016

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Em grave crise, a economia brasileira continua afastando investidores. Isso porque os números apontam para um impasse, quando na verdade já deveriam revelar um caminho na direção da solução, mesmo que de médio prazo.

Consultados pelo Banco Central (BC), repetindo o que acontece semanalmente, economistas revisaram para baixo o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) e elevaram a projeção de inflação oficial. Segundo o mais recente Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (6), a estimava de inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para 2016 é de 7,12%, alta de 0,06 ponto percentual, se comparada com a previsão da semana anterior.

Esse anúncio ocorre na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se para decidir sobre a taxa básica de juro, a Selic. Isso significa que o BC pode manter a Selic nos atuais 14,25% como forma de conter a inflação, mas ao mesmo tempo comprometerá a recuperação do PIB.


Os analistas do mercado financeiro estimam que de contração do PIB neste ano será de 3,71%, contra 3,81% da aposta anterior. Em relação a 2015, os especialistas preveem crescimento de 0,85% do PIB, ante 0,55% previsto na consulta anterior. Se a Selic for mantida no atual patamar, esse número poderá ser revisto.

No tocante à taxa básica de juro, os analistas preveem que a Selic deve encerrar o corrente ano em 12,88% ao ano. Em outras palavras, o mercado continua apostando em redução juro básico da economia nos próximos meses, mas é preciso cautela em relação a essa aposta.

Para 2017, a estimativa para a Selic permaneceu inalterada em 11,25% ao ano, o que sinaliza um movimento de queda do juro básico no próximo ano.

Em relação ao câmbio, o mercado prevê que o dólar encerrará o ano cotado a R$ 3,68, contra R$ 3,65 do levantamento anterior. Para 2017, a previsão é de alta da moeda norte-americana, podendo chegar a R$ 3,85.

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