Egito encontra caixa-preta do avião que fazia o voo MS804 e desapareceu sobre o Mediterrâneo

(AP Photo - Forças Armadas Egípcias)
(AP Photo – Forças Armadas Egípcias)

O comitê egípcio que investiga a queda do avião da EgyptAir que fazia o voo MS804 – Paris-Cairo – encontrou nesta quinta-feira (16) uma das caixas-pretas da aeronave, que caiu no Mar Mediterrâneo em maio após desparecer dos radares.

O aparelho que contém mensagens de voz gravadas na cabine do avião estava danificado, mas foi possível recuperar a memória. A caixa-preta foi localizada próximo à cidade de Alexandria e será transferida do navio utilizado nas buscas para um centro de análise no Egito.

Na quarta-feira, autoridades egípcias afirmaram ter encontrado pedaços da cabine e da fuselagem do Aribus A320 da EgyptAir. As peças foram resgatadas por um navio francês envolvido nas buscas, equipado com sonar e equipamentos capazes de detectar objetos a uma profundidade de até 1,8 mil metros.

Os investigadores afirmaram também possuir imagens dos destroços localizados entre a ilha grega de Creta e a costa egípcia. O próximo passo é traçar um mapa indicando a localização das partes da fuselagem, para poder retirá-las do mar.

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“As primeiras fotos dos destroços não permitem estabelecer nenhum cenário sobre o acidente”, diz um comunicado da Airbus. “Somente as caixas-pretas poderão contribuir para um entendimento total da série de eventos que levaram a esse trágico acidente.”

Contra o relógio

A segunda caixa-preta, com todas as informações sobre o voo, ainda está desaparecida. No último domingo (12), investigadores egípcios alertaram que as baterias devem funcionar apenas por mais duas semanas no máximo, quando deixarão de emitir sinais.

O voo MS804 saiu de Paris em direção ao Cairo no dia 19 de maio e desapareceu cerca de 20 minutos antes do horário previsto para a aterrissagem, com 66 passageiros a bordo.

Segundo autoridades de aviação francesas, o avião enviou sinais automáticos de fumaça e de falha no computador de comando antes de sumir dos radares. Esses são possíveis indícios de que um defeito técnico provocou o incidente. O Ministério egípcio da Aviação Civil, porém, sustenta a tese de que se tratou de um ato de terrorismo. (Com agências internacionais)

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