Prévia do PIB, IBC-Br aponta que economia brasileira ficou estagnada em abril

crise_1011

A economia brasileira iniciou o segundo trimestre praticamente estagnada. O resultado é bem abaixo do esperado, contudo interrompeu cerca de um ano e meio de quedas após a produção industrial e as vendas no varejo apresentarem ganhos em abril.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou variação positiva de 0,03 % em abril, na comparação com o mês anterior, em dado dessazonalizado. Foi a primeira vez que o indicador ficou no azul após 15 meses de números negativos, porém frustrou a expectativa de analistas consultados pela Reuters de alta de 0,30 %.

“Ainda é cedo para cantar vitória. O fundo do poço da atividade econômica parece estar se aproximando, porém só deve ocorrer no terceiro trimestre”, ressaltou a economista Thais Marzola Zara.

Na comparação com abril do ano passado, o IBC-Br caiu 5,75 %, ao passo que no acumulado de doze meses a queda é de 5,35 %, sempre em números dessazonalizados.

A contração do Produto Interno Bruto (PIB) desacelerou no primeiro trimestre de 2016, com queda de 0,3 % sobre o período imediatamente anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Embora o País ainda sofra com a recessão, inflação elevada e desemprego em alta, alguns setores tiveram resultados positivos em abril, como a produção industrial, que apresentou avanço de 0,1 %, desempenho melhor do que o esperado.

As vendas no varejo voltaram a subir em abril, mas abaixo do esperado e ainda insuficiente para reverter a tendência de queda do setor. O volume do setor de serviços recuou 4,5 % sobre o mesmo mês do ano anterior, pior resultado para abril desde o início da série histórica em 2012.

Os economistas consultados na pesquisa Focus do BC vêm melhorando sua projeção para a economia neste ano, mas ainda veem forte contração de 3,60 %. Para 2017 a expectativa é de crescimento de 1 %.

O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.

apoio_04