Após cinco meses, Assembleia de SP instaura CPI da Merenda; oposição tem um representante

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Nesta quarta-feira (22), após cinco meses das primeiras denúncias de fraude na merenda da rede pública estadual e em algumas prefeituras paulistas, a Assembleia Legislativa de São Paulo instalou a CPI da Merenda.

Em conturbada reunião, os membros da CPI elegeram o presidente, deputado Marcos Zerbini (PSDB). Após a escolha do presidente, a sessão foi encerrada sem a escolha do relator, cujo nome será definido na próxima terça-feira (28).

A Comissão tem nove membros, sendo que apenas um é da oposição (o petista Alencar Santana; o suplente é Luiz Turco). Os demais integrantes são Marcos Zerbini (PSDB), Barros Munhoz (PSDB), Estevam Galvão (DEM), Adilson Rossi (PSB), Jorge Caruso (PMDB), Gilmaci Santos (PRB), Coronel Camilo (PSD) e Delegado Olim (PP), todos da base de apoio do governo de Geraldo Alckmin.


Alvo de investigações da Operação Alba Branca, conduzida pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Civil, a Máfia da Merenda tinha no esquema criminoso integrantes do governo tucano, como dois ex-secretários: Herman Voorwald, da Educação, e Duarte Nogueira, de Logística e Transportes.

Também são denunciados dois chefes de gabinete: Luiz Roberto Santos, conhecido como “Moita”, que executava a função no gabinete da Casa Civil indicado pelo PSDB, e Fernando Padula, que dava expediente no gabinete da Secretaria Estadual de Educação. Outro político de destaque que aparece nas investigações com beneficiário do esquema é Fernando Capez, do PSDB, presidente do Legislativo paulista.

É importante lembrar que o primeiro pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito, apresentado pela bancada do PT na Casa, sofreu boicote da base do governador, que mudou de posição e apresentou o pedido que prosperou e surgiu como resposta à ocupação da Assembleia por estudantes secundaristas que cobraram a imediata instalação da CPI.

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