Deputado “amiguinho” de Gleisi, filiado à Rede, é suspeito de ter recebido dinheiro do Petrolão e da Friboi

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Aliado da senadora Gleisi Helena Hoffmann que votou contra o impeachment da presidente afastada, o deputado federal Aliel Machado (Rede), de Ponta Grossa, está com a vida complicada. Precisa explicar às autoridades a origem do dinheiro doado à sua campanha em 2014. Parte dos recursos é suspeito de ter origem em propina da Petrobras e de outros casos de corrupção investigados no âmbito da Operação Lava-Jato.

Na prestação de contas do ex-comunista (foi filiado ao PCdoB) há doações suspeitas no valor de R$ 344,9 mil – 59,8% do arrecadado naquele ano. A HRT 07G Exploração e Produção de Petróleo repassou R$ 100 mil para Aliel, sendo que outros R$ 100 mil foram doados pela JBS/Friboi. A HRT prestou serviços para a Petrobras, enquanto a Friboi está sendo investigada por repassar propina a um grupo de senadores, entre eles Roberto Requião (PMDB), aliado de primeira hora do deputado.

Aliel Machado, que mescla uma estampa do tipo “baby face” com gritaria discursiva, algo típico da nova geração de esquerdistas, pode ter recebido dinheiro sujo da senadora Gleisi Hoffmann (PT), que juntamente com o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (PT), é alvo de várias investigações. Uma delas é a Operação Custo Brasil, em que o casal petista é acusado de participar do esquema de corrupção que desviou mais de R$ 100 milhões de empréstimos consignados para aposentados e servidores federais.


Em uma série de onze repasses financeiros, Aliel recebeu R$ 144,9 mil de Gleisi Hoffmann, a mais aguerrida da insana “tropa de choque” da presidente afastada na Comissão do Impeachment. Os repasses variaram em termos de valores: R$ 60 mil, R$ 30 mil, R$ 10,5 mil (duas vezes), R$ 6,4 mil e R$ 5,7 mil, além de outros montantes menores.

Parceiro político de Aliel Machado, o deputado estadual Péricles de Mello (PT) também pode ter recebido dinheiro de origem suspeita de Gleisi. Na sua prestação de contas junto ao TSE, Péricles anotou que recebeu R$ 165,8 mil de Gleisi de forma parcelada (R$ 50 mil, R$ 40 mil, R$ 36 mil, R$ 11,5 mil e entre outros valores mais acanhados).

O quadro acima mostra, sem deixar dúvidas, que, independentemente da bandeira ideológica, políticos brasileiros recebem dinheiro de qualquer fonte, mesmo que isso afronte no futuro os discursos supostamente moralistas e contrários ao capitalismo, como é o caso dos envolvidos.

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