Luiz Inácio da Silva, o lobista-palestrante em plena decadência, continua com medo do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável na primeira instância do Judiciário pelos processos decorrentes da Operação Lava-Jato.
O crescente pavor do petista explica uma tentativa de manobra de seus advogados, que solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o reconhecimento da nomeação de Lula como ministro-chefe da Casa Civil, suspensa por decisão do ministro Gilmar Mendes, que acolheu pedido em mandado de segurança. Mendes entendeu que a referida ação perdeu o sentido após a exoneração de Lula no vácuo do afastamento da sucessora, a “companheira” Dilma Rousseff.
A defesa de Lula requer que o plenário do STF admita “a validade do ato de nomeação do agravante (Lula) para o cargo de ministro de Estado no período compreendido entre 16.03.2016 e 12.05.2016, com todas as regulares consequências jurídicas daí decorrentes”. Ou seja, o ex-presidente e seus defensores apostam no reconhecimento da nomeação para tumultuar a investigação e tirar o petista da mira de Sérgio Moro.
No caso de a Corte acatar o pedido da defesa do ex-presidente, uma das linhas de investigação contra ambos [Lula e Dilma] poderá ser questionada, pois no período em que o ex-metalúrgico esteve ministro, o mesmo tinha direito ao chamado foro privilegiado.
Por outro lado, o Ministério Público Federal entende que há indícios fortes de que a nomeação de Lula como ministro de Estado foi uma tentativa de obstruir os trabalhos da força-tarefa da Lava-Jato.
Contudo, a principal prova sobre o imbróglio foi anulada por decisão do ministro Teori Zavascki, relator da operação no Supremo. Trata-se da gravação em que Lula e Dilma conversam sobre o envio de um termo de posse a ser usado “em caso de necessidade”.
Alarife profissional, Lula busca atrapalhar as investigações da Lava-Jato, uma vez que se aproxima cada vez mais de Sérgio Moro. O que em outras palavras significa prisão em curto espaço de tempo.
