Gleisi visita assentamentos do MST e traça paralelos entre o golpe turco e o impeachment de Dilma

(Divulgação)
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Nem parece que a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) é acusada de corrupção por seis delatores da Operação Lava-Jato, é investigada pela Polícia Federal em duas operações e teve o marido preso por suspeita de envolvimento com uma quadrilha que furtou R$ 100 milhões dos servidores federais aposentados.

Quem acessa o perfil da senadora no Facebook depara-se com uma pessoa imperturbável na defesa de bandeiras esquerdistas, que visita assentamentos de sem-terra, junta-se aos quilombolas e estabelece paralelos bizarros entre a tentativa de golpe na Turquia e o impeachment da afastada Dilma Rousseff no Brasil.

Em seu périplo por assentamentos do MST e de quilombolas, Gleisi se entrega a pregações esquerdistas contra a crueldade do suposto modelo neoliberal que Michel Temer estaria implantando no País. Tudo isso sem dar qualquer explicação sobre o “imposto revolucionário” cobrado pela quadrilha da Consist a milhões de servidores aposentados que, endividados, recorreram aos empréstimos consignados.

A Polícia Federal suspeita que o marido da senadora, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva, pode estar envolvido na tal quadrilha e ser um dos chefes do esquema criminoso. Esse “imposto revolucionário” teria servido também, segundo evidências levantadas pela Polícia Federal, para pagar contas pessoais da senadora, como o salário do seu motorista.


Em nenhum momento Gleisi preocupou-se em explicar aos assentados e aos quilombolas as propinas do Petrolão, nem o roubo do suado dinheiro dos aposentados. Despreocupada com esses insignificantes detalhes, tratou de deitar falação sobre modelos econômicos inclusivos e exclusivos. O modelo que a própria representa, com direito a furto de dinheiro dos aposentados encalacrados com o empréstimo consignado, seria o inclusivo; o que tenta tirar o País do buraco, provocado pela corrupção e a incompetência petista, é o exclusivo.

Diz a lenda que nada pode ser mais direitista do que um representante da esquerda no poder. E Gleisi não foge à regra, pois já deu mostras incontestes por seu descontrolado apreço por ícones de consumo típicos do capitalismo.

No assentamento dos sem-terra e quilombolas, a senadora paranaense apresentou-se como uma esquerdista convicta que defende os desvalidos, mas esqueceu-se de tirar do pescoço o grã-fino lenço que usava para se proteger do frio. O adereço é das mais caras e cobiçadas marcas internacionais de acessórios de moda, a francesa Louis Vuitton, do grupo LVMH. Apenas a título de curiosidade, o lenço exibido por Gleisi, se de fato for original, custa por volta de R$ 1,8 mil, ou seja, dois salários mínimos. No caso de ser falsificado, trata-se de claro incentivo às organizações criminosas.

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