Grupo terrorista “Estado Islâmico” anuncia que intensificará ataques na França

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Nesta quinta-feira (21), o grupo “Estado Islâmico” (EI) voltou a ameaçar a França por meio de um vídeo divulgado na internet, no qual os terroristas afirmam que o silêncio do povo francês a respeito da política de seu governo no Iraque e na Síria está matando seus cidadãos.

“Prometemos que vocês verão o pior se ficarem de braços cruzados. Seu silêncio em relação às decisões de seu governo está matando vocês”, alerta um suposto jihadista na gravação, cuja autenticidade ainda não foi comprovada.

Os dois jihadistas francófonos que aparecem na gravação felicitam o autor do massacre em Nice, na Riviera Francesa, que durante comemoração do “14 de Julho” deixou 84 mortos e mais de 200 feridos.

No vídeo os terroristas mencionam a decapitação de dois homens acusados de “espionarem” o EI, no que seria uma “mensagem” para a França, de acordo o SITE Intelligence, organização que monitora a atividade de páginas extremistas na internet.


O vídeo teria sido produzido pelo grupo na Província de Nínive, no norte do Iraque, onde a organização controla parte do território. Dirigindo-se ao presidente francês François Hollande e ao governo da França, um deles ameaça “intensificar” os ataques.

No último sábado (16), o grupo extremista assumiu a autoria do atentado em Nice, realizado “em resposta aos apelos do grupo para tomar como alvo os países que fazem parte da coalizão internacional” contra o grupo no Iraque e na Síria. A França integra a aliança liderada pelos Estados Unidos e que bombardeia posições do EI.

De acordo com especialistas, os jihadistas não parecem ter organizado diretamente os recentes ataques na França, mas podem ter inspirado seus autores em busca de um reforço de sua imagem de terror ao reivindicar a autoria dos atentados.

A reivindicação de autoria de atentados praticados pelos chamados “lobos solitários” não deve ser levada a sério, pois o EI vem perdendo posições no Iraque e na Síria e por isso aproveitando os crimes cometidos por simpatizantes da causa como sendo uma operação orquestrada.

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