Rio-2016: uniformes de atletas palestinos estão presos na alfândega de Israel; país nega sabotagem

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Faltando apenas três dias para o início oficial da Olimpíada do Rio de Janeiro, os seis atletas palestinos estão sem roupas para participar das disputas e até mesmo da cerimônia de abertura. Todo o material enviado pela empresa Peak para o Comitê Olímpico do país segue parado na alfândega de Israel, sem previsão de liberação para poder ser mandado ao Brasil.

O governo de Israel afirmou que não se trata de qualquer tipo de represália e que não pretende atrapalhar a participação palestina no Rio. “Este é um problema que envolve documentação e toda uma burocracia. Não se trata de uma tentativa de sabotagem à delegação palestina nos Jogos”, ressaltou Ron Paz, porta-voz do governo Israelense.

Ram Alfia, representante da Autoridade Alfandegária, informou que seria impossível saber quando os produtos seriam liberados sem ter o número de protocolo, uma vez que há diversos envios feitos à Palestina diariamente.


A Palestina não possui aeroporto e todo o acesso a seu território é realizado por autoridades israelenses, por isso eles estão sujeitos às regulamentações de Israel para envio e recepção de mercadorias.

Na Vila Olímpica, a chefe de missão Ghayda Abuzayyad segue correndo atrás de ajuda e a solidariedade de outros países. Fez também contatos com Nike e Adidas para conseguir sapatilhas, ainda sem sucesso. Também não obteve reposta do apelo feito ao Comitê Olímpico Internacional.

A participação no Rio de Janeiro será a sexta da Palestina em Olimpíadas, sendo que a primeira aconteceu em 1996, em Atlanta (EUA). O país jamais conquistou uma medalha. No Brasil, serão dois representantes no atletismo, um no hipismo adestramento, um no judô e dois na natação.

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