Confirmando o UCHO.INFO, governo fará reforma ministerial se impeachment for aprovado

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Como antecipou o UCHO.INFO na edição de 27 de julho, o presidente em exercício Michel Temer promoverá uma reforma ministerial caso seja confirmado no cargo. A atual formação da equipe ministerial é decorrente da necessidade de Temer de, no primeiro momento, conseguir apoio no Congresso Nacional para aprovar o impeachment da presidente afastada Dilma Vana Rousseff, que continua insistindo no discurso do golpe.

Por enquanto, apenas três nomes estão garantidos na equipe: Henrique Meirelles (Fazenda), Ilan Goldfajn (Banco Central) e Maria Silvia Bastos Marques (BNDES). Todos os outros são passiveis de mudanças ou exoneração, pois o presidente interino precisa cumprir a promessa de formar um ministério com notáveis.

De acordo com informações do Palácio do Planalto, o governo já considera como certas três mudanças: a indicação do novo titular da Advocacia-Geral da União (AGU), a definição do novo ministro do Turismo e a recriação da pasta do Desenvolvimento Agrário, que atualmente tem status de secretaria vinculada à Presidência da República. Para amenizar as críticas que marcaram a formação da equipe atual, Temer deve indicar uma mulher para o primeiro escalão do governo.


No caso de a prevista reforma ministerial for confirmada, o governo terá inevitavelmente de mudar sua relação com o Parlamento, caso queira atender aos reclamos da sociedade. Até agora, a relação com o Congresso foi marcada pela decisão de não criar frentes de conflito até a esperada aprovação do afastamento definitivo de Dilma.

Entre os problemas que o Planalto deverá enfrentar está a aprovação das medidas necessárias para tirar o País do atoleiro da crise, as quais garantirão a continuidade da equipe econômica atual, já batizada de “dream team”. Para isso terá de endurecer o jogo com deputados e senadores, que na ocasião estão preocupados com as eleições municipais.

Apesar das mudanças esperadas, Michel Temer não terá como fugir do conhecido fisiologismo que emoldura a política nacional. Para tanto, deve indicar um “apaniguado” do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para o Ministério do Turismo, apesar de o presidente do Senado negar qualquer indicação. O nome mais cotado para o Turismo é o do deputado federal Marx Beltrão (PMDB-AL), ligado a Renan.

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