Impeachment: discurso dos defensores de Dilma afronta a realidade e beira a sandice ideológica

paulo_rocha_1001

Na discussão que precede a votação que decidirá se a presidente afastada Dilma Rousseff tornar-se-á ré no âmbito do processo de impeachment sobram discursos enfadonhos e marcados pela ideologia bandoleira da esquerda nacional, que tem ocupado a tribuna do plenário do Senado para falar contra o que decidiu chamar de golpe.

Senador pelo PT do Pará, Paulo Rocha disse que a democracia brasileira está gravemente ameaçada diante da possibilidade concreta de aprovação, no julgamento final, do afastamento definitivo de Dilma. Rocha acusa os partidos que antes faziam oposição ao governo petista e também os meios de comunicação, em especial os grupos Globo e Abril, como se o desejo da extensa maioria da população nada valesse. Mais de dois terços dos brasileiros querem i impedimento de Dilma, mas os petistas ignoram esse fato.

Mais cedo, o advogado José Eduardo Martins Cardozo, responsável pela defesa da presidente afastada, disse aos jornalistas que Lula é uma “liderança importante” e que viajou a Brasília para impedir que a Constituição seja atacada.

Ao contrário do que afirma Cardozo, a Carta Magna está sendo respeitada em sua integralidade, a ponto de seu guardião maior, o Supremo Tribunal Federal (STF), não ter se pronunciado contra qualquer etapa do processo de impeachment. Prova disso é que o presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, está comandando, nesta terça-feira (9), os trabalhos no plenário do Senado.

O discurso eivado pelo desespero se explica, pois a esquerda brasileira, capitaneada pelo PT, mergulhou no maior esquema de corrupção de todos os tempos com o objetivo de avançar com seu projeto criminoso de poder, que instalaria no País um regime disfarçado de democracia, a exemplo do que acontece em alguns países latino-americanos.


Com seus principais líderes atrás das grades ou sendo sob investigação no escopo da Operação Lava-Jato, o PT insiste na tese de que o Brasil é palco de um golpe como forma de ludibriar a opinião pública diante do episódio que pode decretar o fim da legenda ou algo próximo disso.

Não se pode aceitar mais essa cantilena enfadonha de que há em marcha no País um golpe, pois se assim fosse o Senado não estaria discutindo o processo de impeachment. Afinal, a figura do golpe remete automaticamente ao totalitarismo, algo que os esquerdistas adoram, mas que nem mesmo em sonho está a acontecer nas plagas verde-louras.

O chamado “jus sperniandi” por parte dos petistas e da tropa de choque de Dilma já era esperado, por isso é importante abrir caminho para mais esse espetáculo de verborragia insana e desesperada, uma vez que nada até o momento, em termos processuais, sugere a violação do Estado Democrático de Direito.

Mergulhado na mais grave crise de sua história, o Brasil não mais suporta a indefinição sobre o futuro político de Dilma – alguns dizem que já está selado –, mas aguardar pacientemente, por mais caro que seja, é barato perto do que representaria um golpe de Estado de fato.

O conceito de golpe cultivado pelos esquerdistas nacionais é tão deturpado e oportunista, que a ditadura reinante na vizinha e combalida Venezuela avança de maneira criminosa sem que o tiranete Nicolás Maduro mereça uma só crítica por parte da “companheirada”.

apoio_04