Mercedes suspende produção de caminhões em São Bernardo e mostra o tamanho da crise

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Alguns segmentos econômicos são considerados como termômetros do futuro. Quando o setor de máquinas e equipamentos registra queda nas vendas é porque a indústria de transformação está em crise. O mesmo acontece com a indústria de embalagens e a produção de aço. Esses três setores antecipam o que pode acontecer na economia como um todo.

Contudo, há outro setor que também reflete o ânimo do mercado: o de caminhões. Quando a produção de caminhões registra oscilações ou queda, o mínimo que se pode esperar é aumento da crise. Uma das maiores e mais tradicionais fabricantes de caminhões do País, a Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, interrompeu por tempo indeterminado a produção de veículos. Afinal, sem ter o que transportar não há razões para adquirir um caminhão novo.

Após informar os funcionários na última sexta-feira (12), a Mercedes suspendeu a produção de caminhões e ônibus de São Bernardo do Campo (SP) nesta segunda-feira. A medida ocorre dez dias após a montadora informar que haverá demissões.

A situação do mercado de ônibus e caminhões é tão grave, que quase todos os dez mil trabalhadores da montadora terão licença remunerada, exceto os que ocupam cargos prioritários. A montadora informou que há um excedente de mais de dois mil trabalhadores na fábrica de São Bernardo em virtude da “drástica redução de vendas de veículos comerciais nos últimos anos”.

No dia 5 deste mês, a Mercedes informou sobre a demissão de funcionários na unidade do ABC paulista, mas não revelou a data do início das dispensas e nem o número de vagas que serão extintas.


Na carta enviada aos funcionários, em que destaca a decisão de suspender a produção, a Mercedes informa que nesta semana os contratos de trabalho serão encerrados. “Na próxima semana informaremos a data de retorno de nossas atividades e individualmente a todos os envolvidos sobre o encerramento de seus contratos de trabalho”, finaliza o documento.

Quando o então presidente Lula, agora um palestrante em decadência e lobista desempregado, anunciou a redução do IPI como forma de estimular a economia e enfrentar os efeitos da crise internacional (2008-2009), ao que o petista chamou de “marolinha”, o UCHO.INFO afirmou que a medida era mais um devaneio de noite de verão.

O petista, juntamente com sua irresponsável e obediente equipe econômica, produziu um cenário fictício de bonança, como se o Brasil fosse uma reedição moderna e tropical do País de Alice, aquele das maravilhas. O tempo passou e a realidade – dura, é bom frisar – bateu à porta de todos os brasileiros, sem exceção.

O alarife do Petrolão – com a ajuda da sucessora Dilma Rousseff – arruinou a economia nacional em pouco mais de uma década, mas nenhuma das universidades internacionais que concederam honrarias ao petista teve coragem de anular a láurea. O que mostra que tudo não passou de uma enorme e bem ensaiada farsa.

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