Luiz Inácio da Silva, o decadente lobista-palestrante Lula, acostumou-se à vitimização, algo que ganhou terreno nos últimos treze anos, período em que o PT esteve a fazer lambanças no poder central, com direito a arruinar a economia nacional e a saquear os cofres da Petrobras. Isso porque os “camaradas” creem que os fins justificam os meios.
Ciente de que dificilmente escapará de uma condenação no âmbito da Operação Lava-Jato e que sua suposta valentia é de camelô, Lula guerreia de forma incessante contra o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, porque esse embate faz parte de um plano maior e sórdido.
O plano arquitetado por Lula e empanado por seus advogados busca fazer do petista um perseguido político, como se isso fosse verdade. O ex-presidente da República é apenas investigado na Lava-Jato, mas será formalmente acusado como responsável maior pelo maior esquema de corrupção de todos os tempos, o Petrolão.
Se por um lado é grande a ansiedade da população em ver Lula atrás das grades, por outro a sua prisão deve ser tratada com a devida cautela, pois um erro de percurso coloca tudo a perder. Por isso a força-tarefa da Lava-Jato tem agido com muito cuidado e responsabilidade, sempre dentro do que determina a legislação vigente.
Não faz muito tempo, emissários de Lula sondaram algumas embaixadas, em Brasília, para avaliar a possibilidade de concessão de asilo político ao petista e à sua família. O assunto não prosperou na esfera diplomática e acabou saindo do noticiário nacional.
Com a possibilidade de ser preso a qualquer momento, o ex-metalúrgico contratou o caro e renomado advogado australiano Geoffrey Robertson, um dos maiores especialistas em direitos humanos. Robertson, cujo escritório fica em Londres, protocolou no último dia 28 de julho, no Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, um documento em que acusa o juiz Sérgio Moro de violação de direitos. O que significa denunciar o Estado brasileiro.
A chance de o tal Comitê tomar uma decisão no tempo em que Lula precisa é quase nula. Esse processo poderá demorar dois anos ou mais e não há garantia de que a decisão será favorável ao petista. Para exercer certa pressão, Lula contratou dezoito juristas internacionais, todos especialistas no assunto, a um custo que raríssimas pessoas sabem. Considerando que Lula não mais ministra palestras e suas ações de lobby (sic) minguaram, alguém está a operar o milagre da multiplicação financeira.
Voltando ao tema… Uma eventual decisão do Comitê favorável a Lula não significa que a Justiça brasileira terá de acolhê-la. Tratar-se-ia de decisão formal, mas sem efeito prático. De tal modo, há de se perguntar por qual razão Lula ingressou na seara da incerteza. O motivo é simples, mas pouco divulgado. O petista quer “vender” ao planeta a falsa ideia de que é um perseguido político em seu país, alvo de uma implacável caçada judicial. Isso porque o alarife acredita que continua sendo a derradeira solução do universo.
Na toada de passar-se por injustiçado, Lula acionou a cúpula do seu partido, o PT, que não demorou a lançar uma cartilha multilíngue (português, inglês, francês e espanhol), na qual o petista é transformada em vitima de perseguição por parte da direita golpista. A tal cartilha será distribuída a veículos de comunicação internacionais, que, esperam os “companheiros”, disseminarão no noticiário a tese boquirrota esculpida com o cinzel da malandragem.
A publicação faz acusações às investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, além de reiterar que “rigorosamente nada capaz de associar Lula aos desvios na Petrobras, investigados na Operação Lava Jato, ou a qualquer outra ilegalidade” foi encontrado.
Logo na abertura, o texto afirma que adversários promovem um julgamento pela mídia, “na mais violenta difamação contra um homem público em toda a história do País”.
De acordo com o documento, foram violados os direitos à presunção da inocência, ao sigilo das comunicações telefônicas, à preservação de dados pessoais, ao direito de resposta, ao exercício de função pública e até “o direito de ir e vir”, em referência à condução coercitiva de Lula no dia 4 de março.
A publicação ataca o ministro Gilmar Mendes (SFT), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o juiz Sérgio Moro. “Agentes partidarizados do Estado, no Ministério Público, na Polícia Federal e no Poder Judiciário mobilizaram-se com o objetivo de encontrar um crime – qualquer um – para acusar Lula e levá-lo aos tribunais”.
O objetivo desse enredo rocambolesco, que faz inveja às mais mambembes novelas mexicanas, é abrir caminho para um eventual pedido de asilo, pois Lula não tem a capacidade exibida por alguns dos seus companheiros de legenda – José Dirceu, João Vaccari Neto e Paulo Ferreira – de enfrentar as agruras do cárcere, sem mencionar uma sílaba sequer dos nomes dos comparsas.
Em suma, Lula é um gazeteiro profissional que nem de longe enverga a coragem e o destemor que vocifera, mas está à caça de um exílio dourado.