Para posar de injustiçada, Dilma não se avexa ao mentir sobre o impeachment e falar sobre golpe

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A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou, na quinta-feira (18), em entrevista à imprensa estrangeira, que errou ao escolher Michel Temer como vice-presidente. A petista destacou que o País precisa de novas eleições e de uma reforma política para superar o desgaste do processo de impeachment.

De chofre vale destacar que Dilma pode dizer o que quiser acerca da grave situação que sacode o Brasil, que não é fruto do processo do impeachment, mas da péssima e atabalhoada passagem da petista pelo Palácio do Planalto. A presidente afastada arruinou a economia nacional em pouco mais de quatro anos, além de ter mentido de forma ousada para conseguir a reeleição.

Sobre a escolha do vice, a presidente afastada afirmou que esperava mais lealdade por parte de Temer e do PMDB. Ela acusou o vice de querer ser presidente e de traição. “Foi um erro escolher como vice-presidente quem tem uma atitude de conspiração e usurpação”, afirmou.

Não se pode esquecer que a escolha do vice não foi de Dilma, mas, sim, de Luiz Inácio da Silva, o lobista-palestrante em decadência, quem de fato mandou no governo depois de 2010. O nome de Michel Temer foi imposto por Lula, que sabia da intolerância da sucessora em relação ao peemedebista.

Em relação ao desejo de Temer querer ser presidente, trata-se de mais uma monumental falácia de quem sabe do próprio destino e, movido pelo desespero, agarra-se às mais bizarras teorias. Na verdade, Michel Temer só chegou à Presidência da República, por enquanto de forma interina, no rastro da monumental incompetência de Dilma e porque a legislação vigente no País assim determina.

Durante a entrevista concedida aos jornalistas internacionais, Dilma comentou sobre a carta aos senadores e aos brasileiros, ode ao absurdo que, como tal, recebeu uma enxurrada de críticas. No documento, a petista mais uma vez defendeu eleições antecipadas, o que mostra desconhecer a Constituição Federal.


“Não é possível tapar o sol com a peneira e não perceber o desgaste constitucional provocado por um julgamento sem crime”, afirmou a petista ao referir-se ao processo de impeachment de que é alvo. Dilma alegou que a solução para essa crise seria antecipar as eleições e, ao mesmo tempo, respeitar o mandato que recebeu das urnas.

Antes de pregar a antecipação das eleições, Dilma deveria ler a Carta Magna e combinar com o vice-presidente da República, os 81 senadores, os 513 deputados federais, os 27 governadores, mais de 5 mil prefeitos, algumas dezenas de milhares de deputados estaduais e vereadores. Mesmo assim, a antecipação de eleições é algo escandalosamente inconstitucional.

A afastada insistiu na tese do golpe e disse ser inocente. “Só espero justiça, e não posso esperar outra coisa, seria uma aberração condenar uma pessoa inocente.”

Dilma defendeu também a realização de uma reforma política que, entre outros pontos, reduza o número de partidos. A declaração da presidente afastada é mais uma dos seus conhecidos devaneios políticos, pois ela própria trabalhou nos bastidores para a criação de novos partidos como forma de enfraquecer o bloco parlamentar que lhe fazia oposição.

“Não importa a competência que tenha ou não um governante, pois é impossível negociar com 30 partidos para que uma lei seja aprovada no Congresso”, ressaltou a presidente afastada, que indiretamente atribuiu parte da perda de sua base política a essa proliferação partidária.

Ainda sobre o impeachment, a quase impedida Dilma acusou setores progressistas de apoiar a direita para promover o impeachment e, ato contínuo, impor ao País um programa de governo que “jamais seria aprovado nas urnas”. Para Dilma, o objetivo desse projeto é anular os avanços sociais conquistados durante sua gestão, como se a crise econômica enfrentada por todos os brasileiros não representasse um enorme retrocesso, algo da sua própria lavra. (Com agências internacionais)

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