Justiça de SP mantém caso do triplex com Sérgio Moro; Lula pode “morrer na praia” da corrupção

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Quanto mais Lula tenta fazer-se de vítima, mas sua situação piora no âmbito da Operação Lava-Jato, que desmontou o maior e mais acintoso esquema de corrupção da história. Enquanto insiste em negar ser o verdadeiro dono do apartamento triplex em Guarujá, no litoral paulista, cuja reforma executada pela OAS teve o custo descontado de um acerto de propina, a Justiça de São Paulo decidiu que o caso continuará com a Justiça Federal em Curitiba, mais precisamente com o juiz Sérgio Moro.

Em abril passado, a juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal Central, remeteu a acusação à Justiça Federal do Paraná, por entender que o imbróglio tinha conexão com o Petrolão.

Na denúncia, Lula, o lobista alarife, é acusado de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro por suposta ocultação de propriedade imóvel. A denúncia é considerada grave, mas abre um enorme flanco para condenar o petista por crimes conexos, todos cometidos no escopo da roubalheira de que foi alvo a Petrobras.

Também foram denunciados no mesmo caso a ex-primeira-dama Maria Letícia, um dos filhos do casal, Fábio Luís Lula da Silva – conhecido como Lula, o último dos gênios – e outros 13 investigados. Na lista dos denunciados estão João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT e ex-presidente da Bancoop; Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira OAS, e ex-dirigentes da Cooperativa Habitacional dos Bancários do Estado de SP (Bancoop).


Considerando que Léo Pinheiro intenta retomar as negociações de acordo de colaboração premiada, a situação de Lula deverá piorar muito nos próximos dias, já que o ex-presidente da OAS não quer passar o restante dos dias atrás das grades.

Fora isso, o ex-presidente está no foco do escândalo envolvendo o malfadado Sítio Santa Bárbara, oficialmente registrado em nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna Filho, sócios de Lulinha.

Para complicar ainda mais uma situação que é grave, a Receita Federal alçou à mira das investigações o Instituto Lula, que perdeu o direito a isenção tributária no período de 2001 a 2014.

A questão envolvendo o instituto do petista reside principalmente na transferência de R$ 1,3 milhão para a G4, empresa de Lulinha e Bittar. Coincidentemente, o sítio em Atibaia foi comprado por R$ 1,5 milhão. A Receita afirma que o Instituto Lula simulou uma prestação de serviços para justificar a transferência de recursos para a G4.

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