Temer erra ao dar ouvidos aos baderneiros de aluguel e ceder às ameaças dos “fora da lei”

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O governo de Michel Temer erra de forma grosseira ao ceder à pressão dos grupos ligados ao PT, partido responsável pelo período mais corrupto da história nacional e que foi ejetado do poder na esteira dos crimes de responsabilidade cometidos pela ex-presidente Dilma. Alvo nos últimos dias de protestos dos inconformados com a interrupção do projeto criminoso que transformaria o Brasil em uma ditadura comunista travestida de democracia, o governo do peemedebista exibe sua incapacidade de resistir às investidas dos adversários.

Enganam-se os integrantes do núcleo duro do governo ao pensar que a repentina disposição ao diálogo minimizará os protestos. Ao contrário, essa decisão intempestiva só recrudescerá as manifestações, que por enquanto sobrevivem porque o dinheiro imundo da corrupção continuará financiando os baderneiros de aluguel. A esses criminosos que insistem na desobediência civil como forma de manifestação cabe a manutenção da ordem e o cumprimento da lei. E a famosa lei de Isaac Newton, que a cada ação cabe uma reação.

Assessores palacianos reuniram-se, na segunda-feira (5), com representantes do MST e da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), que cobraram mais terras para a reforma agrária (algo que Dilma não fez), a recriação do Ministério do Desenvolvimento Agrário e a retomada do programa “Minha Casa, Minha Vida Rural”. Atender a essas reivindicações – algumas suspensas por desvio de finalidade e outras por economia – é mostrar a frouxidão de um governo que mal começou. E que parece começar mal.

“Sem sectarismos. Não vemos movimento social como problema”, disse o ministro Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, que participou do encontro com os lideres dos movimentos ligados ao bandoleiro PT. Não reunião, segundo consta, não se falou em golpe, o que seria uma demonstração de ousadia.


Michel Temer, que na China referiu-se aos protestos como uma manifestação de 40 baderneiros, errou na avaliação, assim como cometeu um grande equívoco ao antecipar seu retorno ao Brasil por causa da ação dos proxenetas da baderna, cujas ações criminosas agora são avaliadas pelo núcleo duro do Palácio do Planalto.

Independentemente de qual seja a resposta do governo, os protestos hão de continuar infernizando a vida dos cidadãos de bem, com direito à destruição do patrimônio público e privado, apenas porque trata-se de uma estratégia obtusa para o PT tentar ressurgir das cinzas da incompetência e da lama da corrupção.

Com a deflagração da Operação Greenfield pela Polícia Federal, que mira os quatro maiores fundos de pensão de estatais – Funcef (Caixa Econômica Federal), Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Postalis (Correios) –, a pá de cal sobre a sepultura do PT está sendo preparada. Como é de conhecimento público, os fundos de pensão foram transformados em enormes redutos de corrupção com a chegada do PT ao poder central. Isso porque acreditavam os delinquentes que essa modalidade de roubo passaria impune.

A partir desse momento, o suado dinheiro dos que há anos contribuem para uma aposentadoria complementar acabou escoando pelo ralo da roubalheira oficial, pois recursos dos fundos foram aportados em investimentos que desde o nascedouro eram fracassados. Contudo, como a propina tornou-se, sob o manto petista, a dona da última palavra, os que investiram em um futuro mais tranquilo agora enfrentam um presente de surpresas desagradáveis e tungadas extras. Até porque o rombo dos fundos precisa ser coberto de alguma maneira.

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