Após homenagear a mandioca e inventar a “mulher sapiens”, Dilma anuncia livro para breve

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“É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”. Eis o que prega a Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso IV. O direito de livre pensamento e de expressão não significa que pode-se despejar sobre a opinião pública uma enxurrada de mentiras e fatos que ultrapassam as fronteiras da lógica. Contudo, é exatamente isso que deseja fazer a ex-presidente Dilma Vana Rousseff, que anunciou que em breve começará a escrever um livro sobre os bastidores do impeachment.

Dilma promete revelar as entranhas do processo que terminou com sua saída do poder, o que pode ser um tiro pela culatra, mas também pontuar os feitos do seu governo. Se a petista cumprir com a promessa, os brasileiros em breve saberão como se deu, nos bastidores, o maior esquema de corrupção de todos os tempos. Afinal, se há na era dilmista uma grande obra, essa foi o Petrolão.

O que a ex-presidente busca com esse prometido livro é empurrar para mais adiante o discurso mentiroso e enfadonho de golpe, uma vez que tal alternativa é o que resta a alguém que violou a Constituição ao cometer crimes de responsabilidade, mas insiste em transferir a culpa àqueles que respeitaram e aplicaram a lei.


Dilma alega, como sempre, que o julgamento que lhe ceifou o mandato foi político, e não poderia ser diferente, mas isso é desculpa de quem odeia a política e seus atores. Tendo se acostumado a comprar apoio parlamentar no vácuo do assalto aos cofres da Petrobras, a petista tratou o Congresso com arrogância e desprezo.

Em relação ao livro, causa estranheza uma pessoa de pensamento desconexo querer enveredar pelo universo das letras. O que permite pensar que algum escriba de aluguel há de entrar em cena. Escrever no lugar de outro não é crime, mas não se pode despejar sobre o papel fatos que distorcem a realidade. E no caso do livro de Dilma esse viés há prevalecer.

A esquerda verde-loura certamente cuidará de comprar todos os exemplares do livro da ex-presidente, mas é no mínimo bizarro ter na estante uma obra de alguém que homenageia a mandioca, fala em “mulher sapiens”, sugere armazenar vento, crê que apagão e blecaute são coisas distintas e desconhece que pasta de dente e dentifrício são sinônimos. A não ser que na prateleira do país da piada pronta exista um espaço destinado a humoristas.

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