Polícia norte-americana prende suspeito de atentados terroristas em NY e Nova Jersey

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Afegão naturalizado norte-americano, Ahmad Khan Rahami, de 28 anos, era procurado por participação no atentado a bomba em Manhattan, ocorrido na noite do último sábado (17), e foi capturado pelas autoridades dos Estados Unidos.

A polícia de Nova York montou uma autêntica caçada para apanhar Ahmad Khan Rahami, prendendo-o após um tiroteio em Nova Jersey. Durante o confronto, o suspeito e dois policiais ficaram feridos. As emissoras de televisão transmitiram ao vivo o momento em que Ahmad, deitado em uma maca, era levado para uma ambulância.

Ahmad, que é suspeito de participação na explosão ocorrido no bairro Chelsea, em Manhattan, vive em Nova Jersey. As autoridades tinham advertido que o suspeito estaria armado e era considerado perigoso. O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, em entrevista coletiva, também confirmou a possibilidade de conexão entre a explosão em Chelsea e as restantes bombas que foram encontradas nos dois estados.

Obama reage aos ataques

O presidente Barack Obama dirigiu-se aos norte-americanos para falar sobre atentados terroristas do último final de semana. O inquilino da Casa Branca confirmou a detenção do principal suspeito dos ataques em Nova York e destacou que as investigações do FBI avançam e que todos os culpados serão presos.

Disse também o presidente ainda não haver, por enquanto, confirmação sobre possível ligação entre o ataque com faca no Minnesota e o que aconteceu na cidade de Nova York. Obama deixou uma mensagem de confiança. “Os extremistas, incluindo o Daesh, não podem determinar o nosso estilo de vida”.

“Ameaça terrorista é real, a nossa determinação também”

A candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, afirmou nesta segunda-feira (19) que a ameaça terrorista no país é real, tal como é a sua determinação em combatê-la, após os atentados do final de semana. Hillary apelou para mais esforços para obter informações secretas e afirmou, aos jornalistas, ser a única dos dois candidatos à presidência dos Estados Unidos a ter “estado associada a decisões difíceis” visando a eliminação de terroristas.


A ex-secretária de Estado norte-americana insistiu no seu “plano global contra a natureza evolutiva desta ameaça”. Ao contrário do candidato republicano, Donald Trump, que durante o final de semana insistiu na ligação entre terrorismo e imigração, e cuja demagogia Hillary condenou, esta instou os norte-americanos a não cederem ao medo.

“Acima de tudo, quero dizer aos norte-americanos: sejamos vigilantes, não tenhamos medo. Enfrentamos ameaças no passado. Sei que enfrentaremos este novo perigo com a mesma coragem e a mesma prudência. Escolhemos a determinação, não o medo”, declarou. Clinton insistiu também na necessidade de “trabalhar de forma próxima com os aliados e parceiros” na luta contra o terrorismo.

Trump acusa Obama e Hillary

Também o candidato republicano às presidenciais americanas reagiu aos atentados das últimas horas. Trump acusa a atual administração de Obama e a candidata democrata de “minimizarem a ameaça representada pelo Daesh e outros grupos terroristas”.

Donald Trump vai mais longe e acusa as autoridades de não prenderem pessoas suspeitas de terrorismo por “medo de parecer mal” e diz que, com ele na Casa Branca, haverá um endurecimento no tratamento destes casos. O candidato republicano à Casa Branca vaticinou que “isto só vai piorar”. “Creio que é uma coisa que pode acontecer… que se calhar ocorrerá cada vez mais e mais em todo o país”, declarou o candidato presidencial conservador à rede de televisão Fox.

“É uma confusão e é uma vergonha, e vamos ter de ser muito duros (…) isto só vai piorar”, observou. Trump, referindo-se a possíveis “ligações internacionais” dos recentes ataques, não sem antes dizer que acredita em “múltiplas conexões estrangeiras” devido a pessoas que ingressam nos Estados Unidos com o objetivo de cometer atentados.

“Pode ser que tenhamos muitos grupos [no país], porque estamos permitindo a entrada de pessoas que querem destruir a nossa nação e torná-la insegura para o nosso povo”, disse o milionário norte-americano, aproveitando para insistir na sua proposta de restringir a imigração. (Com Correio da Manhã e agências internacionais)

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