Suspeito de atentados com bombas caseiras em NY e Nova Jersey está em estado crítico

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Acusado de ser o responsável pelas explosões ocorridas no último final de semana em Nova York e Nova Jersey, o afegão Ahmad Khan Rahami, naturalizado norte-americano, foi baleado pela polícia antes de ser preso e seu estado é crítico, mas estável, segundo informaram autoridades que trabalham no caso. “Crítico, mas estável”, afirmou o comissário da polícia de Nova York, James O’Neill, à emissora CBS.

Atingido por vários disparos em troca de tiros com a polícia em Linden (NJ), Ahmad, de 28 anos, foi submetido a uma cirurgia, informaram os investigadores, que agora tentam descobrir os motivos que levaram o afegão a praticar atos terroristas que deixaram 29 feridos.

A polícia também investiga a mulher de Rahami, que deixou os Estados Unidos dias antes dos ataques, noticiou a rede de televisão CNN, com base em informações policiais ainda não confirmadas. As autoridades norte-americanas trabalham com o governo do Paquistão e dos Emirados Árabes Unidos para obter informações sobre o paradeiro da mulher, que é paquistanesa.

O objetivo principal da investigação no momento é descobrir se Ahmad Rahami contou com a participação de terceiros nos atentados ou se agiu como um “lobo solitário.” No caso de existirem cúmplices, os mesmos serão alvo de verdadeira caçada humana, uma vez que, nesse caso, é real a possibilidade de novos atentados.


De acordo com informações de amigos, Rahami apresentou mudança brusca de comportamento depois de algumas viagens ao Afeganistão e ao Paquistão, sendo que ao retornar aos EUA passou a frequentar mesquitas com certa assiduidade. Especula-se qmu nessas viagens o terrorista tenha aprendido a construir bombas caseiras, como as utilizadas nas explosões do último final de semana. Apesar das viagens – em uma das vezes permaneceu doze meses no Afeganistão –, o FBI não descarta uma eventual participação remota do “Estado Islâmico” nos ataques.

Rahami é acusado (cinco denúncias) de tentativa de homicídio qualificado e duas por uso de arma de fogo. Outras acusações deverão ser imputadas por um tribunal federal norte-americano. Prefeito de Nova York, Bill De Blasio classificou a explosão no movimentado bairro de Chelsea, em Manhattan, como “ato de terror”.

O acusado, que até então teve uma vida marcada por dificuldades financeiras e violência, morava com a família na parte de cima do restaurante “First American Fried Chicken”, em Elizabeth, Nova Jersey.

Ele também é suspeito de ter plantado a bomba que explodiu em uma praia de Nova Jersey no último sábado, de ter deixado um artefato explosivo encontrado próximo ao local onde ocorreu a explosão em Nova York e de ser o responsável por outros seis dispositivos localizados perto da estação ferroviária de Elizabeth.

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