Setor de serviços registrou queda de 3,9% em agosto e confirma extensão da grave crise econômica

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A crise econômica continua sua trajetória destruidora, como uma bola de boliche que derruba o que encontra pela frente. O mais novo alvo do “strike” econômico é o setor de serviços, que acompanhou o desempenho da indústria e do comércio varejista.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços prestados recuou 3,9% em agostom na comparação com igual mês de 2015, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação de agosto com o mês anterior, o recuo foi de 1,6%.

Trata-se do 17º resultado negativo consecutivo e o pior desempenho para meses de agosto da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em 2012. Em julho de 2016, na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda foi de 4,5%.

Os Jogos Olímpicos de 2016 fizeram o setor de serviços registrar crescimento de 2,7% no Rio de Janeiro em agosto, na comparação com julho, na série com ajuste sazonal.

Em todo o País, o volume de serviços prestados encolheu 1,6% na passagem de julho para agosto, mas o Rio de Janeiro foi a unidade da federação que anotou o melhor desempenho do setor e uma das três regiões que contrariaram a tendência, com resultados positivos.


“Os Jogos Olímpicos realizados no mês de agosto no Rio de Janeiro trouxeram impactos para o setor de serviços”, ressalta a nota divulgada pelo IBGE. Um dos destaques do setor de serviços foi a atividade turística, como um todo, que cresceu 1,7% no Rio de Janeiro.

Quando a crise alcança os três setores da economia (indústria, comércio e serviços) significa que a possibilidade de reversão do quadro é muito mais complexa e demorada do que se imagina.

Com as medidas econômicas propostas pelo governo de Michel Temer dependendo da boa vontade dos políticos (deputados federais e senadores), que cada vez mais exigem cargos e benesses como contrapartida do apoio nas votações, o Brasil permanece na incômoda posição de refém de uma classe que é alvo das mais severas críticas por parte da sociedade.

Enquanto o País sangra à sobra de uma crise econômica sem precedentes na história, parlamentares se movimentam nos bastidores do Congresso para definir os candidatos à presidência das duas Casas legislativas (Câmara e Senado).

Tal quadro revela que o Brasil está a viver mais do mesmo, sem possibilidade de melhora no curto prazo. Ou a sociedade desperta para a realidade, ou é melhor jogar a toalha. É preciso cobrar seriedade e compromisso dos chamados representantes do povo.

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