No Brasil, essa barafunda que atende pelo nome de país, cada vez mais fica provado que o crime compensa. E se nada for feito contra essa espantosa onda de impunidade, o crime continuará compensando.
Ex-ministro do Planejamento (governo Lula) e das Comunicações (governo Dilma), o petista Paulo Bernardo da Silva, marido da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), preso tempos atrás sob a acusação de chefiar um esquema criminoso que surrupiou mais de R$ 100 milhões de servidores federais, inclusive aposentados, que recorreram a empréstimos consignados, acaba de se aposentar com pensão de R$ 20 mil mensais, cinco vezes o valor máximo do INSS.
Paulo Bernardo foi libertado por decisão do sempre surpreendente ministro Dias Toffoli (STF), apesar de diversas evidências de sua participação no crime que originou a Operação Custo Brasil, da Polícia Federal, que contou com a colaboração do “companheiro” Alexandre Romano, o “Chambinho”, preso na Operação Lava-Jato.
O advogado do ex-ministro e de sua mulher, Gleisi, apontado como laranja do esquema, passou a pagar as contas do casal em lugar de receber honorários. Outras evidências e denúncias de delatores apontam Paulo Bernardo e Gleisi como beneficiários do esquema, que foi delatado por “Chambinho”. A dinheirama era tanta, que até um videogame comprado para o filho do outrora casal 20 foi teria sido pago com dinheiro de corrupção.
A culpa de Bernardo e Gleisi não se limita ao odioso crime contra servidores federais aposentados. A senadora paranaense foi acusada por sete delatores da Operação Lava-Jato e se tornou ré por corrupção, sob a acusação de ter recebido de R$ 1 milhão em propina do Petrolão, dinheiro que recheou o caixa 2 de sua campanha ao Senado, em 2010.
Nessa trama hedionda, Paulo Bernardo atuou sempre como ‘operador’ da mulher, encarregando-se de pedir a propina a empreiteiras envolvidas no maior esquema de corrupção da história e que generosamente financiaram as campanhas eleitorais da mulher.
Gleisi, que não aceita ser questionada sobre as acusações que lhe imputam a Justiça e os delatores da Lava-Jato, continua devendo aos brasileiros de bem uma explicação minimamente convincente sobre a indicação de um pedófilo, condenado a mais de cem anos de prisão violentar sexualmente meninas vulneráveis (menores de 14 anos) para cargo de confiança na Casa Civil da Presidência.
Eduardo Gaievski, o maníaco sexual amigo de Gleisi, foi incumbido de comandar os programas do governo federal destinados a crianças e adolescentes. Esse episódio grotesco seria uma piada pronta, não fosse o fato de que Gleisi sofre de delinquência intelectual.