FMI prevê recuperação lenta da recessiva economia brasileira

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou na terça-feira (15) que a economia brasileira estaria perto de sair de uma profunda recessão, mas destacou que essa recuperação depende da aprovação de reformas fiscais pelo governo. O que coloca a afirmação na corda bamba, pois o Congresso verde-louro não é dos mais confiáveis, especialmente faltando poucos meses para a eleição que definirá os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.

No relatório anual sobre o Brasil, o FMI prevê que a economia se recuperará gradualmente a partir do segundo semestre deste ano, mas permanecerá fraca por período prolongado. O organismo projetou um déficit econômico de 3,3% em 2016 e um crescimento de 0,5% para 2017, com base na aprovação breve de medidas para limitar os gastos fiscais e na reforma da previdência.

O fundo alertou ainda sobre riscos para as perspectivas da economia, como a não aprovação das medidas pelo governo, o crescimento lento de economias de países emergentes e a baixa no preço das commodities de exportação. A previsão também está sujeita a incertezas políticas. Como vem afirmando o UCHO.INFO Ao longos dos últimos seis meses, economia começará a dar os primeiros sinais de recuperação em meados de 2018, se até lá nada der errado.


No relatório, o FMI notou que durante vários anos a inflação também esteve acima da meta central, mas em 2016 alguns preços começaram a ficar moderados. O organismo prevê que a inflação neste ano seja de 7,2% e caia para 5% em 2017.

O FMI recomendou que as autoridades “intensifiquem os esforços de reformas estruturais para aumentar o crescimento a longo prazo, incluindo nas áreas de política fiscal, do mercado de trabalho e das infraestruturas”, e defendeu reformas comerciais para aumentar a concorrência e a eficiência.

O organismo salientou a necessidade de reforçar “a divulgação das estatísticas fiscais de empresas estatais, bancos públicos e finanças dos estados, e encorajou as autoridades a monitorarem e aplicarem regras fiscais subnacionais”, numa altura em que vários estados brasileiros enfrentam dificuldades financeiras. (Com agências internacionais)

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