Movida pelo falso moralismo, oposição protocolará pedido de impeachment de Temer na próxima semana

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A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados anunciou, nesta sexta-feira (25), que protocolará na próxima segunda um pedido de impeachment do presidente Michel Temer, tendo como base o escândalo envolvendo o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).

Contudo, para que o processo seja aberto, o pedido carece de deferimento por parte do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), aliado do Palácio do Planalto. Ademais, Rodrigo Maia está em franca campanha pela reeleição, que só será viável com o apoio do núcleo duro do governo.

“Agora sim estamos diante de um crime de responsabilidade”, declarou o líder do partido Ivan Valente (SP), em nota divulgada pela assessoria de imprensa, como se as lambanças de Dilma Rousseff nada representassem.

O PSOL centrará o pedido de impeachment nas denúncias do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, feitas em depoimento à Polícia Federal, ocasião em que afirmou que Temer interveio em favor dos interesses pessoais do ministro demissionário da Secretaria de Governo.


De acordo com o ex-titular da Cultura, Temer pediu para que ele resolvesse o impasse na liberação do empreendimento imobiliário em Salvador (BA), no qual Geddel é proprietário de um apartamento.

O primeiro partido a defender a apresentação do impeachment do peemedebista foi o PT. Na quinta-feira, o líder da sigla na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), afirmou que as bancadas na Câmara e no Senado continuarão atuando para apurar o caso, “que agora ficou muito mais grave, com o envolvimento de Temer nas denúncias”.

“Identificado o crime de responsabilidade, o caminho é a abertura de um processo de impeachment de Temer. O governo Temer derrete”, afirmou o líder em nota.

Michel Temer não agiu de acordo com o que determina a boa governança, tendo, inclusive, fomentado o tráfico de influência através de Geddel, mas causa náuseas ver a esquerda bandoleira dar lições de moral, como se o período em que estiveram no poder (treze anos e alguns meses) fosse um exemplo de moralidade pública.

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