A chanceler alemã Angela Merkel disse nesta terça-feira (20) que, consideradas as informações obtidas até o momento, o atropelamento de pessoas em mercado de Natal na Breitscheidplatz (Praça Breitscheid), em Berlim, foi um atentado terrorista.
“Pelo que se sabe atualmente, devemos presumir que se trata de um ataque terrorista”, afirmou a chefe do governo alemão. Ela disse que a Alemanha vive “um dia muito difícil”. Merkel acrescentou que “para muitos de nós seria especialmente difícil de suportar, caso isso se confirme, que essa ação foi cometida por uma pessoa que pediu proteção e asilo à Alemanha”.
Segundo ela, “isso seria especialmente revoltante para os muitos alemães que, todos os dias, estão envolvidos na ajuda aos refugiados e para as muitas pessoas que realmente precisam de nossa proteção e se esforçam para se integrar em nosso país”.
A chanceler qualificou o ataque de “uma ação cruel e inconcebível” e garantiu que os alemães não abrirão mão de suas feiras de Natal. “Não queremos viver paralisados pelo medo do mal”, ressaltou. “Ainda que pareça difícil nesta hora, encontraremos a força para viver a vida que queremos viver na Alemanha: livres, unidos e com tolerância.”
Angela Merkel disse ter convocado uma reunião com as principais autoridades de segurança do país, incluindo chefes de serviços de informação, para discutir a situação atual e possíveis consequências.
Ela garantiu que as autoridades estão empenhadas em esclarecer todos os detalhes e que os responsáveis serão punidos “com todo o rigor da lei”.
O atentado na capital alemã fez lembrar o ataque ocorrido em 14 de julho em Nice, na França, quando um caminhão, dirigido por um tunisiano, atropelou pessoas que assistiam à queima de fogos no Dia da Bastilha na famosa Avenida Promenade des Anglais. O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico e matou 86 pessoas.
Também em julho, a Alemanha foi palco de dois ataques jihadistas, nos quais morreram os dois terroristas (um menor refugiado afegão em um trem de cercanias em Wurzburg e um solicitante de asilo sírio em Ansbach) e 20 pessoas ficaram feridas. (Com agências internacionais)
