Bernie Ecclestone não é mais o “todo-poderoso” da Fórmula 1

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O nome de Bernie Ecclestone e a Fórmula 1, principal categoria do automobilismo, confundiram-se o tempo todo nas últimas décadas. Pode-se dizer que em muitos momentos foram sinônimos. Apesar dessa relação de cumplicidade que durou quase quarenta longos anos, sempre à sombra de interesses comerciais e financeiros, Ecclestone não é mais o todo-poderoso da F1. Aliás, a perda de poder começou quando Bernie, 86 anos, vendeu o comando da categoria, por US$ 8 bilhões, ao grupo norte-americano Liberty Media.

Nesta segunda-feira (23), em entrevista à revista alemã “Auto Motor um Sport”, Ecclestone anunciou a sua saída da Fórmula 1. “Fui demitido hoje. Vou embora, é oficial. Não lidero mais a empresa, minha posição foi assumida por Chase Carey (presidente do Liberty Media)”, disse o ex-dirigente da F1.

“Minha nova posição é agora uma expressão americana. Uma espécie de presidente honorário. Assumo esse cargo sem saber o que isso significa”, emendou Bernie. Nenhuma empresa, por maior e mais rica que seja, desembolsa US$ 8 bilhões para não mandar em um negócio adquirido recentemente. E Ecclestone precisa entender esse detalhe, meso que sua saída da F1 seja um rompimento doloroso.


Bernie Ecclestone começou a ganhar visibilidade Fórmula 1 quando assumiu a chefia da lendária equipe Brabham. Na sequência, adquiriu os direitos de transmissão das provas da categoria, que com o passar dos anos chegou a países que em passado recente sequer demonstravam interesse pelo automobilismo. Esse avanço é obra de Ecclestone.

Não demorou muito e conquistou o posto de diretor-executivo da poderosa “The Formula One Constructor’s Association” (FOCA). Foi a partir desse episódio que despontou a influência de Bernie Ecclestone na mais badalada categoria do automobilismo global.

Mesmo longe do cargo de chefão da Fórmula 1, Ecclestone é conselheiro da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). O ex-dirigente disse que não crê na sua permanência no cargo, sem apresentar os motivos desse possível afastamento. “Duvido. Tenho que falar sobre isso apenas com Jean Todt (presidente da FIA)”, disse Bernie.

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