A Suécia observou nesta segunda-feira (10) um minuto de silêncio pelas vítimas do atentado terrorista executado com um caminhão no centro de Estocolmo na última sexta-feira, que deixou quatro mortos e 15 feridos.
Uma multidão reuniu-se perto da loja de departamentos Ahlens, na esquina da Rua Drottninggatan, uma das mais movimentadas da capital sueca. No local, um caminhão roubado foi usado para atropelar transeuntes, antes de colidir contra a fachada da loja de departamentos.
Quatro pessoas morreram – dois cidadãos suecos, dos quais uma menina de 11 anos, um britânico e uma belga –, e 15 ficaram feridas. Segundo a polícia, o principal suspeito é um cidadão uzbeque de 39 anos, que seria simpatizante do grupo jihadista “Estado Islâmico” (EI). Ele foi detido na sexta-feira (7).
Uma cerimônia solene decorreu ao meio-dia (horário local) diante do Conselho Municipal de Estocolmo, com a presença de membros da família real sueca, do governo, do Parlamento e do corpo diplomático, incluindo o rei Carlos Gustavo e a rainha Sílvia, o primeiro-ministro Stefan Löfven e a prefeita Karin Wanngard.
“Jamais vamos ceder à violência. Jamais vamos deixar o terrorismo prevalecer”, afirmou Wanngard. “Estocolmo continuará sendo uma cidade receptiva e tolerante.”
Às famílias das vítimas, Löfven disse: “Vocês não estão sozinhos, estamos com vocês. Toda a Suécia está com vocês.” O rei Carlos Gustavo e a rainha Sílvia interromperam uma visita ao Brasil devido ao atentado. Mais homenagens estão previstas para outras localidades do país ao longo do dia.
Investigadores não descartam a possibilidade de o principal suspeito ter tido cúmplices. Seis pessoas próximas a ele também foram detidas pela polícia. O homem chegou ao país em 2014 e teve rejeitado seu pedido de refúgio dois anos depois. Ele tinha uma ordem de expulsão e era procurado pela polícia desde o final de fevereiro. (Com agências internacionais)