Pyongyang confirma lançamento de míssil no final de semana

A Coreia do Norte reivindicou nesta segunda-feira (15) o lançamento bem-sucedido de um novo tipo de míssil balístico de médio a longo alcance, batizado de Hwasong 12 e capaz de carregar uma “ogiva nuclear de grande tamanho”.

De acordo com a agência de notícias estatal KCNA, o líder do regime, Kim Jong-un, supervisionou o teste do domingo (sábado no Brasil). Pyongyang fez o lançamento com o objetivo de “verificar as especificações táticas e técnicas do recém-desenvolvido míssil balístico capaz de levar uma ogiva nuclear pesada de grande tamanho”, afirmou a KCNA.

A agência afirmou que o míssil atingiu uma altitude de 2.111 quilômetros e percorreu 787 quilômetros até cair no Mar do Japão, tendo atingido “com precisão seu alvo em águas abertas” depois de seguir a trajetória planejada.

Porém, o Comando do Pacífico dos EUA afirmou que a arma testada pela Coreia do Norte não corresponde a um míssil intercontinental balístico. Os militares da Coreia do Sul disseram que seriam necessárias mais análises para verificar a veracidade das afirmações vindas do norte.


Os militares sul-coreanos minimizaram, porém, a reivindicação de que a Coreia do Norte teria feito progressos no desenvolvimento de mísseis que podem retornar à atmosfera. Contudo, especialistas japoneses e sul-coreanos disseram que o míssil voou mais alto e por mais tempo (cerca de uma hora e meia) do que qualquer outro já testado pela Coreia do Norte.

Kim advertiu os Estados Unidos de que “não deveriam ignorar ou subestimar a realidade de que seu território e suas operações na região do Pacífico estão na mira de fogo” da Coreia do Norte, segundo declarações citadas pela agência estatal.

O líder norte-coreano ordenou aos cientistas e técnicos que continuem desenvolvendo continuamente armas nucleares mais precisas e diversas. A Coreia do Norte advertiu os EUA de que, se “tentar provocá-la”, não escapará do pior “desastre da história”.

O teste do novo míssil balístico norte-coreano motivou críticas de vários países: os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que foi já marcada para a tarde desta terça-feira. (Com agências internacionais)

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