Nesta sexta-feira (26), atiradores mataram ao menos 26 cristãos coptas no Egito, que se dirigiam a um monastério em Minia, cidade ao sul do Cairo com grande população de fiéis da igreja cristã. De acordo com informações de autoridade e relatos de populares, outras 26 pessoas ficaram feridas no rastro de mais um grave e inaceitável atentado, emoldurado pela intolerância religiosa.
Segundo a agência de notícias Reuters, o grupo viajava em dois ônibus e em um caminhão de pequeno porte até o monastério Anba Samuel, quando homens armados abriram fogo contra os veículos. Um membro da igreja copta afirmou à imprensa que a maioria dos passageiros era de crianças, que faziam um trajeto habitual até o monastério.
Segundo testemunhas, homens mascarados obstruíram a passagem dos veículos e abriram fogo. Tais relatos confirmam a presença de crianças entre os passageiros, o que torna a ação ainda mais cruel e condenável.
Os atentados aos cristãos coptas vêm aumentando no Egito desde 2013, após a deposição do presidente islamista Mohamed Morsi. Vários ataques ocorridos no país tiveram como alvo cristãos e suas igrejas, acusados por grupos armados de apoiar o Exército egípcio.
Em abril, 46 pessoas foram mortas em dois atentados suicidas a igrejas coptas nas cidades de Tanta e Alexandria, levando as autoridades a decretar estado de emergência de três meses de duração. Em dezembro, outro atentado suicida matou 28 pessoas em uma capela anexada à principal catedral copta do Cairo.
A autoria dos três ataques foi reivindicada pelo grupo extremista “Estado Islâmico” (EI). De maioria muçulmana, o Egito possui a maior comunidade cristã na região, somando 10% dos 93 milhões de habitantes do país.
Se as autoridades internacionais não deixarem de lado os discursos messiânicos e os interesses políticos paroquiais, abrindo caminho para ações céleres e implacáveis contra o EI, esses terroristas que usam a fé como justificativa para os crimes que cometem avançaram cada vez mais na direção dos inocentes.
É importante salientar, mais uma vez, que é absurdo rotular os seguidores do Islã como terroristas, a exemplo do que fazem os obtusos do Ocidente. Terrorismo será sempre terrorismo, não importando a ideologia política ou a religião. (Com agências internacionais)