Ré por corrupção e eleita presidente do PT, Gleisi é o fiel retrato de um partido decadente e perto do fim

“Nunca antes na história deste país” a política alcançou tamanho nível de degradação. Nessa avalanche de corrupção, o PT lidera o ranking de legendas envolvidas em escândalos dos mais distintos matizes. A um passo de desaparecer da cena política nacional, o Partido dos Trabalhadores tem tentado de tudo para sobreviver. De discursos populistas e mentirosos a ações marcadas por desespero e dramatização, tudo vem sendo usado pelos “companheiros”.

Essa situação degradante materializou-se mais uma vez no 6º Congresso Nacional do PT, realizado em Brasília, que antes do seu encerramento elegeu a senadora Gleisi Helena Hoffmann para presidir a legenda. Ela substitui o enfadonho e dissimulado Rui Falcão, que no ápice do período mais corrupto da história brasileira comandou o partido que foi acertadamente comparado a uma organização criminosa.

Ré por corrupção em ação penal da Operação Lava-Jato que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), acusada por inúmeros delatores de ter recebido dinheiro de propina do Petrolão, com o nome na lista de propinas da Odebrecht sob a sugestiva alcunha de “Amante”, com os bens indisponíveis por determinação da Justiça e investigada por supostamente ter se beneficiado de esquema criminoso capitaneado pelo marido e que subtraiu mais de R$ 100 milhões de servidores federais e aposentados, Gleisi é o fiel retrato da decadência do partido que chegou ao Palácio do Planalto a reboque da promessa de moralizar a política.


Gleisi Helena, que caminha a passos céleres na direção da condenação no escopo da Lava-Jato, só venceu a disputa para presidir o PT porque na reta final o alarife Lula, o dramaturgo do Petrolão, tornou-se seu cabo eleitoral.

Candidata da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB) – esse nome é uma piada de péssimo gosto –, Gleisi teve 367 votos, 61% do total, contra 226 votos (38%) do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que foi apoiado pelo Muda PT (grupo que reúne quatro correntes de esquerda). Assim a nova presidente da legenda, Lindbergh também afunda na fétida lama do Petrolão.

A situação de Gleisi Hoffmann é tão caótica em termos políticos, que em seus planos para 2018 está a disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados. Isso porque a nova comandante dos petistas já sabe que tentar a reeleição ao Senado pode ser o fim da carreira.

Arrogante e falsa moralista, Gleisi Helena continua devendo aos brasileiros uma explicação sobre a indicação de um pedófilo conhecido pedófilo para o cargo de assessor especial da Casa Civil. Condenado a mais de cem anos de prisão, Eduardo Gaievski, o monstro sexual protegido por Gleisi, então chefe da Casa Civil, foi incumbido de coordenar os programas do governo federal destinados a crianças e adolescentes. Ou seja, a senadora colocou a raposa para tomar conta do galinheiro.

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