Polícia de Londres identifica autores de ataque terrorista do último sábado

A Polícia de Londres identificou nesta segunda-feira (5) os três autores dos ataques que deixaram sete mortos e 48 feridos na capital britânica na noite do último sábado. O grupo “Estado Islâmico” (EI) reivindicou a autoria do atentado, mas por enquanto as autoridades britânicas descartam essa possibilidade. Ou seja, o grupo terrorista insiste em pegar carona em atentados como forma de intimidar o Ocidente.

O Comando da Polícia Metropolitana de Londres informou que as identidades dos agressores serão divulgadas assim que for “operacionalmente possível”.

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, afirmou nesta segunda que o atentado foi “um ataque contra Londres e contra o Reino Unido, mas também contra o mundo democrático”.

Em um pronunciamento em seu gabinete em Downing Street depois de uma reunião do comitê de emergência, May indicou que o alerta para ameaça terrorista no país se manterá em “severo”, o segundo nível mais alto em uma escala de cinco.

Dos 48 feridos, 36 seguem hospitalizados e 21 tem “estado crítico”, segundo os últimos dados oficiais dos serviços de emergência. Segundo May, as vítimas do ataque são “de diferentes nacionalidades”.


May, que retomou nesta segunda a campanha eleitoral a apenas três dias das eleições gerais, afirmou que os agentes “trabalham com o objetivo de estabelecer a identidade de todas as vítimas”.

Os três agressores avançaram com uma van contra pedestres na Ponte de Londres (London Bridge), uma das principais vias da capital britânica. Na sequência, eles se dirigiram ao Borough Market, mercado de produtos alimentícios na região, e esfaquearam pessoas que se encontravam no local.

Eleições gerais

Os partidos britânicos retomaram nesta segunda as campanhas nacionais para as eleições gerais marcadas para quinta-feira no Reino Unido, depois de terem sido suspensas na sequência do atentado.

O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, da oposição, criticou May nesta segunda por ter reduzido o contingente de policiais nas ruas durante os seis anos em que serviu como ministra do Interior britânica e disse que esse seria um motivo para renúncia da primeira-ministra do cargo.

Corbyn, que avançou nas pesquisas de intenção de voto nas últimas semanas, afirmou que depois de ter promovido os cortes, agora diz que o Reino Unido tem um problema. “Sim, temos um problema. nunca deveríamos ter cortado o número de policiais”, disse à rede de televisão do Reino Unido ITV (Independent Television).

Em seu primeiro pronunciamento após o atentado, May afirmou que é preciso equipar a polícia e os serviços de inteligência com todo o aparato necessário para combater o terrorismo. (Com agências internacionais)

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