Responsável pelo maior e mais ousado esquema de corrupção de todos os tempos, o Petrolão, o Partido dos trabalhadores vive um momento de irreversível degradação moral e ética. Com a maioria dos líderes da legenda atrás das grades ou respondendo a ações penais, o PT transformou os escândalos de corrupção como padrão de referência entre os “companheiros”.
O que pode parecer um absurdo, na realidade é o que vem ocorrendo no universo petista. Ré por corrupção em ação penal decorrente da Operação Lava-Jato e com os bens indisponíveis por decisão da Justiça. A senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) foi eleita presidente nacional do PT, no último final de semana, com o declarado apoio do alarife Lula, que atuou nos bastidores para que isso fosse possível. Em suma, um acusado de corrupção ajudando outro.
Esse compadrio na seara da delinquência se repete nas muitas ações penais em que os “companheiros” são acusados de crimes de corrupção e outras delinquências. Isso faz com que um corrupto seja testemunha de outro, e vice-versa, como se surrupiar o dinheiro público fosse algo normal.
Relator dos processos da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro do STF Edson Fachin marcou os depoimentos dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff na ação penal em que a senadora Gleisi Helena e o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações), respondem por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito do escândalo do Petrolão.
Acusada por vários delatores da Lava-Jato de ter embolsado R$ 1 milhão do esquema criminoso que durante uma década funcionou de forma deliberada na Petrobras, Gleisi alega inocência e diz que a investigação, assim como o processo, contém muitos erros e equívocos.
A Procuradoria-Geral da República encontrou indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na relação de Gleisi e Paulo Bernardo com Paulo Roberto Costa, conhecido nos subterrâneos petistas como Paulinho e ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. A propina no valor de R$ 1 milhão foi entregue a um emissário de Gleisi pelo doleiro Alberto Youssef, após autorização de Costa. O dinheiro reforço o caixa da campanha da petista ao Senado, em 2010.
De acordo como Youssef, a propina foi paga em quatro parcelas de R$ 250 mil e o dinheiro foi entregue ao empresário Ernesto Kluger Rodrigues, dono de um conhecido shopping popular de Curitiba.
Os ex-presidentes serão ouvidos por teleconferência na condição de testemunhas de defesa da sempre delirante senadora paranaense. Lula será ouvido no dia 7 de julho, em São Paulo, enquanto Dilma, no dia 28 de julho, em Porto Alegre. O ex-ministro Gilberto Carvalho e o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli também estão entre as testemunhas de defesa. Mesmo com essa sinistra quadra de testemunhas, a senadora continua acreditando na absolvição.