Apoiadores do governo truculento de Nicolás Maduro invadem Parlamento e ferem deputados e jornalistas

Um grupo de milicianos financiados pelo truculento e totalitarista governo da Venezuela invadiu nesta quarta-feira (5) a Assembleia Nacional, cuja maioria é de oposição ao tiranete Nicolás Maduro, e feriu vários deputados, funcionários e jornalistas que estavam no local.

Os manifestantes – muitos deles vestidos de vermelho e armados com paus e rojões – ficaram reunidos em frente ao prédio durante horas e invadiram os jardins do Parlamento logo depois de uma sessão comemorativa dos 206 anos da independência da Venezuela, celebrada apenas pelos opositores.

O incidente foi precedido pelo lançamento de rojões nos jardins do Palácio Federal, a sede do Legislativo venezuelano. Em meio às explosões, os deputados se refugiaram na câmara, mas decidiram sair para enfrentar o grupo quando souberam que este havia entrado nos jardins.

Manifestantes e deputados entraram em confronto, do qual resultaram feridos ao menos cinco deputados e dois funcionários do Legislativo. O deputado Américo de Grazia foi levado inconsciente para a enfermaria do Parlamento, com ferimentos na cabeça. Jornalistas e funcionários que estavam no local também foram agredidos.

“Urgente!! Grupos paramilitares entram na AN! Deputados feridos! Nas fotos @ArmandoArmas”, afirmou o parlamentar opositor José Manuel Olivares numa mensagem que publicou no Twitter com duas fotos do deputado Armando Armas com sangue na cabeça e em partes da camisa.


O grupo de cerca de 30 invasores acabou sendo expulso pela Guarda Nacional (polícia militar), responsável pela segurança da sede legislativa, mas os deputados oposicionistas acusaram o comando da corporação de permitir o ataque. Depois de expulso, o grupo de sicários permaneceu do lado de fora do prédio da Assembleia.

Pela manhã, o vice-presidente Tareck El Aissami fizera uma visita inesperada à Assembleia Nacional, acompanhado de funcionários e militares do primeiro escalão, para evento em comemoração ao Dia da Independência. Parado ao lado do documento de declaração de independência da Venezuela da Espanha, El Aissami afirmou que potências globais tentam mais uma vez subjugar os venezuelanos. Após a saída do vice-presidente, um grupo de apoiadores do governo promoveu piquete do lado de fora do prédio, que, mais tarde, acabou invadido.

Maduro condenou o ataque ao Parlamento e pediu que o ato seja investigado, como se a ordem para a invasão não tivesse partido do Palácio de Miraflores, sede do Executivo venezuelano. Nicolás Maduro é um totalitarista ignorante que usa a força policial do Estado para intimidar e matar aqueles que se opõem a um governo criminoso.

“Condeno absolutamente estes fatos […] Jamais serei cúmplice de atos de violência. Eu os condeno e ordenei que sejam investigados e que se faça Justiça”, afirmou o ditador venezuelano, que no momento da invasão participava de um desfile cívico militar em outro ponto de Caracas em comemoração ao Dia da Independência. (Com agências internacionais)

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