Com combustíveis mais caros por causa de tributos, mercado revisa para cima previsão de inflação

Que a decisão do governo de elevar a tributação sobre combustíveis acabaria impactando a economia todos sabiam, mas a necessidade de perseguir a meta fiscal acontece no momento em que a crise política permanece em patamar assustador.

Com o aumento dos impostos incidentes sobre os combustíveis, o mercado financeiro revisou para cima as projeções para a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isso porque os preços de produtos e serviços serão majorados de forma inevitável, como um efeito cascata.

De acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (24), a estimativa de inflação para 2017 passou de 3,29% para 3,33%. Mesmo assim, a projeção para o IPCA é menor do que há um mês, quando estava em 3,48%. Para 2018, os economistas mantiveram a inflação em 4,20%.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), os economistas mantiveram, para 2017, a estimativa de crescimento em 0,34%. Mesmo assim, há quem aposte em PIB negativo mais uma vez, o que impediria o adeus à recessão. Para 2018, o mercado continuou com a previsão de expansão da economia na casa de 2%.


Sobre a taxa básica de juro, a Selic, os analistas mantiveram a estimativa de 8% ao ano no fechamento de 2017. Atualmente, a Selic está em 10,25%, mas o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reúne-se nesta semana para decidir sobre a taxa de juro que norteia a economia nacional. Há a expectativa de que o Copom decida por corte de um ponto percentual, o que faria com que a Selic passasse à seara de um dígito.

O governo do presidente Michel Temer vê na redução da Selic uma maneira de minimizar o impacto da alta dos preços dos combustíveis na economia, que, é bom lembrar, não vive seu melhor momento, mesmo com os números positivos divulgados nos últimos meses. Aliás, a economia brasileira só sairá do cenário de crise quando cair o desemprego e o salário do trabalhador recobrar parte do poder de compra perdido ao longo dos anos.

É importante lembrar aos leitores que o momento porque passa a economia verde-loura não é fruto do governo do PMDB, mas resultado de mais de uma década de política economia baseada na fanfarronice e no proselitismo barato do Partido dos Trabalhadores. A situação econômica, que já era frágil, avançou na direção do despenhadeiro por obra da incompetente Dilma Vana Rousseff, apeada do cargo em 2016 por causa das pedaladas fiscais.

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