Mercado eleva para 3,5% projeção do IPCA de 2017; sem reformas economia ficará estagnada

De acordo com o Boletim Focus, do Banco Central (BS), divulgado nesta segunda-feira (14), economistas das maiores instituições financeiras em atividade no País elevaram para cima, pela quarta vez consecutiva, a projeção da inflação oficial em 2017. Segundo os analistas, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá encerrar o ano em 3,5%, contra 3,45% da estimativa anterior.

Essa alta na projeção do IPCA é fruto da elevação do PIS/Cofins incidentes sobre combustíveis e a majoração da tarifa de energia elétrica, que é comercializada debaixo da bandeira vermelha por causa da estiagem que afeta boa parte do País. Fora isso, a crise política e a instabilidade que impera na órbita das reformas propostas pelo governo também contribuem para as incertezas que atingem o mercado como um todo.

Para 2018, a projeção para o IPCA foi mantida em 4,2%, há exemplo do que vem ocorrendo nas últimas quatro semanas. As estimativas para os dois anos permanecem abaixo do centro da meta de 4,5%, a ser perseguida pelo BC, com intervalo de tolerância entre 3% e 6%.


Taxa de juro

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juro, a Selic, atualmente em 9,25% ao ano. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) eleva a taxa Selic, o objetivo é frear a demanda aquecida, provocando reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Por outro lado, quando o Copom diminui o juro básico, a tendência é o barateamento do crédito ao consumidor, incentivando a produção e o consumo e minimizando o controle sobre a inflação.

A expectativa do mercado financeiro para a Selic ao final de 2017 e de 2018 segue em 7,50% ao ano. A estimativa do mercado financeiro para a expansão do Produto Interno Bruto foi mantida em 0,34%, este ano, e em 2%, em 2018.

O perigo maior está no fraco desempenho da economia nacional, algo que provoca o aumento da dívida pública. Para que a dívida não aumente com o passar do tempo, a economia precisa rodar no patamar de 3% de crescimento ao ano, cenário que está longe de acontecer.

É preciso que os brasileiros compreendam a importância das reformas propostas pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB), sob pena de, assim não acontecendo, o País tornar-se cada vez mais inviável em termos econômicos. (Com ABr)

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