Quando o assunto é a provável e aguardada prisão de Lula, o alarife do Petrolão, não há limite para as coléricas sandices dos “companheiros”. A senadora paranaense Gleisi Helena Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, cada vez mais ciosa do seu papel de “pit bull” do PT, voltou a ameaçar o País ao admitir a possibilidade de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em tom de alerta, como sempre histérico, a petista disse que uma eventual prisão de Lula “não vai ser aceita com normalidade” pelos partidos e movimentos sociais ligados à legenda e que os responsáveis por uma detenção do ex-metalúrgico “vão pagar o preço”.
“Não é que nós vamos fazer insurreição, grandes mobilizações, mas não vamos aceitar calmamente. Nós vamos resistir”, adiantou. No discurso, a senadora admitiu que Lula pode ser derrotado, mas que “eles vão pagar o preço na sociedade brasileira e na sociedade internacional”,
A prisão de Lula tornou-se iminente após a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter negado, por unanimidade, pedido de habeas corpus preventivo para evitar a detenção do ex-presidente. O petista foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a doze anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá. Os petistas, sob a liderança de Gleisi Helena, os ‘camaradas” estão exagerando na agressividade e na destemperança.
“A sociedade toda está olhando para o Supremo, não é só o Lula”, disse Gleisi, ao chegar ao “Fórum Nacional Brasil que o povo quer”, organizado pelo PT e pela Fundação Perseu Abramo, em São Paulo.
Gleisi disse esperar que o STF “cumpra eu dever constitucional” de garantir que execução da pena só seja possível após o trânsito em julgado da sentença, isto é, até serem esgotados todas as possibilidades de recursos na Justiça.
Apesar da ousada ofensiva contra o STF, aliados de Lula já reconhecem que a situação do ex-presidente é difícil. A própria Gleisi Hoffmann afirmou que tudo se encaminha para a prisão do ex-presidente. “Querem prender Lula e é exatamente para isso que se está caminhando”, afirmou.